O roller nut foi criado para resolver
alguns problemas que existiam com os nuts normais. A ideia era eliminar o
atrito e assim manter melhor a afinação, principalmente na utilização do
tremolo/alavanca. Os primeiros protótipos foram desenvolvidos pela Wilkinson na
década de 70 e um dos pioneiros a utilizar e difundir o produto foi o
guitarrista Jeff Beck.
A
versão da foto acima foi a primeira que existiu e apoiava as três primeiras
cordas em roldanas enquanto as cordas mais agudas ficavam em um suporte
metálico. O nome do primeiro roller nut criado foi Wilkinson Split Nut, sendo
descontinuado em 1987. O primeiro, assim como os outros “melhorados” que foram
lançados equiparam as primeiras Fender Stratocaster Plus Series. A marca lançou
outros modelos que ainda existem no mercado onde todas as cordas são apoiadas
por roldanas:
A
criação realmente resolveu o problema de muitos guitarristas que passaram a ter
mais estabilidade na afinação e um uso tranquilo da alavanca sem desafinar o
instrumento. O problema é que estes roller nut não suportavam grandes calibres
de corda e normalmente paravam no 0.010. Outro fator negativo foi que com a
pressão das cordas e o tempo, o eixo das roldanas se deformavam e elas não
giravam mais tão soltas quanto antes, assim voltando ao velho problema que deu
origem ao desenvolvimento da peça.
A
fender depois de estabilizar no mercado de construção de instrumentos, passou a
apostar no desenvolvimento de peças e acessórios. E assim foi até que em 1993
lançou o seu próprio nut turbinado que recebeu o nome Fender LSR Roller Nut.
Com
uma construção maciça em metal, a peça agrega dentro dela esferas de aço que
“seguram” a corda e rodam dentro da cavidade quando a guitarra é
tocada/afinada. A peça além de ser menor e mais bonita, resolveu o problema de
calibres suportando cordas de 0.008 a 0.056. O problema do desgaste também foi
resolvido. Basicamente pegaram no conceito dos rolamentos normais e colocaram
na guitarra. O desgaste é praticamente zero, uma vez que as esferas duram anos em
um rolamento normal de uma máquina que faz milhares de giros por minuto. Basta
pensar que para elas girarem tudo isso em uma guitarra seria preciso anos
tocando ininterruptamente para começar a ter algum desgaste relevante. É uma
peça para a vida toda. Ela ainda pode ser lubrificada com umas gotinhas
minúsculas de óleo para máquina de costura. Sendo bem cuidada o investimento num roller desse pode durar gerações.
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