terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

O VERNIZ de seu instrumento



Desde o momento em que os instrumentos começaram a ser fabricados em madeira, foi necessário a utilização de algo para protegê-los. Seja para proteger o instrumento do músico (o suor pode causar muito desgaste, basta ver como ficam as ferragens douradas) ou da ação da natureza, a madeira tem que ser muito bem cuidada para que o instrumento dure. Isso ocorre pois as madeiras usadas pra a construção de instrumentos musicais são bem frágeis.Algumas madeiras, como o alder, o basswood, o marupá, são facilmente danificados com qualquer batidinha. Outras madeiras, como o maple, tendem a deformar ou talvez até mesmo rachar sob a influência de sais, ácidos, umidade ou uma combinação dessas influências.

Algumas madeiras não precisam de uma camada espessa de verniz ou seladora, uma camada fina já funciona para proteger o instrumento (um exemplo são os braços das MusicMan, que possuem um acabamento simples em óleo, o famoso Tru-Oil, para que você sinta a madeira crua nas mãos e tenha a proteção mesmo assim). Outras madeiras, no entanto, nem precisam de acabamento, como é o caso do Rosewood (jacarandá) e o Ébano.

A fim de assegurar a longevidade do instrumento, o luthier cobre o instrumento com um revestimento especial, a laca ou verniz. Existe uma grande variedade de materiais que podem ser usados para esse fim. Vamos dar uma olhada em algumas das principais possibilidades de um luthier tem quando se trata do acabamento de uma guitarra.

GOMA-LACA


Violino com acabamento em goma-laca.
A goma-laca ou esmalte foi usado por centenas de anos para o acabamento de violinos e violões, dando uma sensação muito natural, orgânica ao instrumento. Um pedaço de madeira com acabamento em laca (feito pelo processo que em inglês chamam de "French Polish") fica com um brilho suave, com uma cor de mel. A madeira consegue respirar muito com esse tipo de revestimento, daí vem a sensação natural, orgânica desse tipo de acabamento. A desvantagem de goma-laca é que é muito difícil de aplicar. Você tem que ter alguma experiência para poder fazer esse tipo de acabamento. Além disso, goma-laca pode mostrar algum desgaste ao longo do tempo. A melhor parte de goma-laca é que é um produto totalmente natural. Ela vem em flocos que são diluíveis em álcool. Os flocos são uma resina endurecida extraída de insetos. Ela é raspada das árvores, recolhida, seca e então usada. Curiosamente, a goma-laca também é usada como uma camada protetora para limões (sim, limões) e também como isolante para os fios de cobre que você encontra em seu captador (como nos PAF).

Gibson Les Paul Standard 1959. Esta guitarra foi concluída em sunburst. 
Esta imagem mostra como o acabamento tem alguma descoloração, alguns desbotamento e uma boa quantidade de craquele.


NITROCELULOSE

O acabamento de nitro e a beleza do craquelado.

Nitrocelulose foi o próximo passo de desenvolvimento em acabamentos para madeira. Em sua forma bruta, a nitrocelulose é um composto altamente inflamável, utilizado para explosivos. Esta substância bruta é então dissolvida em acetona e, em seguida, é pulverizada ou escovada, endurecendo e formando um filme muito fino. A nitrocelulose também foi bastante usada no passado para acabamento de carros na industria automotiva. Quando a acetona evapora, a nitrocelulose forma uma película de proteção na madeira. O que é muito bom em relação à nitrocelulose é que ela seca rápido e com ela é muito fácil de polir o instrumento e o deixar brilhante. Além disso, quando se aplica várias camadas, elas se fundem e formam uma camada só, bem mais espessa (ainda assim, acredite, o acabamento é incrivelmente fino: uma guitarra pode ter um acabamento final menor que a espessura de um cabelo humano).

Uma propriedade única de nitrocelulose é que ele mantém esse estado de evaporação constantemente. Assim, o solvente continua a evaporar muito depois da nitrocelulose secar ao toque, até mesmo após ser polido.Isso significa que a camada de nitrocelulose continua a ficar cada vez mais fina ao passar dos anos (isso explica o "relic" que tanto amamos nos intrumentos de nitrocelulose). Isso acontece só com a nitrocelulose, uma vez que outras outras tintas e vernizes não apresentam essa característica. Isso também significa que nitrocelulose é bastante frágil. É mais propenso a riscos do que vernizes modernos, no entanto os arranhões são mais fáceis de serem consertados.

Como a goma-laca, a nitrocelulose pode mostrar algum desgaste depois de muito uso (ou devo dizer abuso?). Basta dar uma olhada nas guitarras vintage, como essa Les Paul aí em cima. Estes pontos de desgastes são um resultado direto do atrito. Uma outra característica valorizada na nitrocelulose é sua capacidade de mostrar formar essas "craquelações" maravilhosas. Se a guitarra é sujeita a variações bruscas de temperatura, a tinta vai se expandir e contrair a uma taxa diferente do que a madeira, o que acabará por resultar em rachaduras no acabamento. A nitrocelulose pode ser tingida de qualquer cor desejada, e tanto o corante muda de cor ao longo do tempo sob a influência de radiação UV quanto a própria nitrocelulose, que começa como cristalina, e acaba descolorando e ficando mais opaca. O corante vai desaparecendo e a nitrocelulose vai amarelando ao longo do tempo, criando aquela pátina encantadora que tanto amamos.

No entanto, a nitrocelulose não é um produto muito amigável com o ambiente. Além de ser inflamável em sua forma líquida, ele também é tóxico. Mas é assim para quase todo o tipo de verniz.

  

POLIURETANO

Observe como o poli o desgasta, muito diferente do nitro. Muito menos sexy.

O poliuretano é o verniz moderno, um composto orgânico que é, essencialmente, uma combinação de grandes monómeros à base de carbono. Poliuretano tem muitas aplicações, entre eles colas muito fortes, fibras sintéticas (Spandex) e verniz. Ao contrário da nitrocelulose, o poliuretano não vai raspar com o desgaste e o uso pesado (não passe vergonha, não tente relicar sua guitarra com acabamento em poli). Ele irá manter sempre um acabamento brilhante, embora com alguns arranhões (inevitáveis) e pontadas. Outra diferença importante é que ele é conhecido por quebrar a sua composição se sofrer um forte impacto. Se isso acontecer, seu instrumento ficará com umas manchas brancas no acabamento que não saem de jeito nenhum.

Ao ser aplicado na guitarra, o poliuretano tem que ser aplicado em uma camada mais grossa, pois não derrete, não funde e por isso não se pode aplicar várias camadas. Isso pois o endurecimento do poliuretano baseia-se numa reação química do composto com o ar ou com produtos químicos do verniz, ao passo que outros vernizes (tais como goma-laca e nitrocelulose) dependem de uma evaporação do solvente.

Uma crítica importante em relação ao verniz de poliuretano não é sobre questões ambientais, mas sobre a durabilidade do verniz. Poliuretano é tão difícil de desgastar que ele só sairá do seu instrumento com uma raspagem pesada e geralmente, quando desgasta, ele não desgasta de leve. Ele desgasta em "nacos" de acabamento, sendo um desgaste esteticamente feio.

  

ÓLEO DINAMARQUÊS E O "TRU-OIL"

Guitarra incrível da Crimson Guitars, com acamento em óleo polimerizado.
Esses óleos são mais difíceis de se encontrar no Brasil. O óleo dinamarquês (Danish Oil) e o Tru-oil são todos os óleos do mesmo tipo, mas feito por diferentes fabricantes.No entanto, o funcionamento é semelhante. O óleo é esfregado sobre a peça e polimeriza-se (fica rígido, solidificado, seca) com o ar, formando uma película. Uma vez que a reação química necessária para secar o óleo é uma reacção exotérmica (ou seja: faz seu próprio calor) os panos usados para limpar o óleo podem pegar fogo espontaneamente (que loucura), por isso é MUITO importante deixar esses panos sempre estendidos no chão. Se os panos não estiverem estendidos no chão, o calor gerado simplesmente não pode escapar e pode inflamar o petróleo. O óleo não é, de forma alguma, tão combustível quanto a nitrocelulose. No entanto, prevenir é melhor do que remediar.

Óleos polimerizados como esses são fáceis de aplicar, já que nenhum equipamento especial é necessário. Os resultados são impressionantes: um brilho com uma sensação natural, orgânica.

A escolha do acabamento é altamente dependente dos resultados que você está procurando. 

Fonte: https://musicjungle.com.br/blog/guitarra/o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-verniz-e-a-sua-guitarra

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Pedais de Loop


Muitos guitarristas se sentem extremamente limitados com o fato de terem apenas duas mãos e uma única guitarra para eles tocarem durante uma apresentação.
É claro que ter uma banda ao seu lado alivia um pouco esse fardo, entretanto os outros componentes do grupo não estão dentro da cabeça do guitarrista para fazer exatamente  aquilo que ele está pensando. Felizmente, todo o guitarrista pode ter um revolucionário efeito ao seu lado. O pedal loop é um efeito essencial que permitirá que você expresse seus próprios timbres da maneira que você imaginou.
Mas, o que é um efeito de loop? O pedal de loop é um dispositivo que armazena um determinado som de guitarra, escolhido pelo guitarrista, e o emite repetidas vezes em um tempo já programado.

O que procurar quando você for comprar um pedal de Loop?
Muito parecido com qualquer pedal, os de loop têm sua própria série de fatores a serem observados na hora da compra. Nós sabemos que cada um dos nossos lindos leitores tem suas preferências pessoais, mas existem uma determinada série de critérios devem ser observadas antes de você comprar um pedal de loop.
Em primeiro lugar, o som gravado precisa ser autêntico e orgânico. Qualquer tipo de renderização ou interferência sonora devem ser rapidamente retirada das opções, nenhum pedal que possui esses defeitos deve estar em qualquer pedalboard.
Depois de retirar todos os pedais "defeituosos" da lista, você deve fazer algumas perguntas; eu preciso de mais? Você está satisfeito com apenas a função básica do loop, ou você está procurando por mais funções para o mesmo? Por exemplo, uma função de Tap Temple é algo que diversos guitarristas procuram. Existem pedais que também possuem funções como Reverse e várias outras. Antes de comprar o seu pedal de loop, você deve se perguntar se você realmente precisa de todas essas funções.

O número de pedais faz muita diferença?
Uma grande diferença! Mais pedais significa mais controle. Há uma variedade de funções que mudam, é muito mais conveniente ter pelo menos dois switches para usar. Os fabricantes estão bem cientes disso, e é por isso que os modelos caros utilizam pelo menos três pedais.
Mas como isso funciona? Bem, você ainda tem todas as funções em modelos de single-switch, mas você terá que aprender como tocar com todas essas novas funções. Por exemplo, para iniciar a gravação, você precisará apenas tocar no botão uma vez; Para parar a gravação, você precisa tocar duas vezes e, para apagar o loop gravado, você precisa pressionar o botão para baixo.

Você deve olhar para a extensão do loop?
A extensão  do loop pode parecer um grande negócio, mas na verdade não é. Grande parte dos pedais oferece mais tempo de gravação do que você realmente precisa. A maioria dos guitarristas dificilmente precisará de mais de um minuto de tempo de gravação para estabelecer a faixa do loop.

Você deve se preocupar com o armazenamento?
Muitos pedais de loop não possuem armazenamento interno, isso faz com que os loops se descartem assim que o pedal é desligado. Mas se você quiser armazenar os loops que você fez, você vai querer ter um pedal com armazenamento interno. Alguns produtos têm uma certa quantidade de espaço embutido, enquanto os modelos mais avançados possuem uma opção para inserir um cartão SDHC externo e armazenar os loops lá.

Qual a diferença entre um loop Mono e um loop stereo?
Quando se trata de saída, as estéreo permitem que você execute o pedal através de uma plataforma estéreo ou através de amplificadores separados. No que diz respeito às entradas estéreo, ter duas entradas permitem que você realize experimentos muito legais. Por exemplo, você pode conectar um microfone à sua segunda entrada e usá-lo para adicionar vários instrumentos de percussão ao seu loop. Você também pode adicionar vocais ou praticamente qualquer coisa que possa ser gravada através de um microfone.

Você realmente precisa de efeitos no pedal de loop?
Bem, na verdade não. Não que não haja chance de que você goste desse material, mas a maioria desses efeitos é descartável. O que queremos fazer com efeitos de loop são coisas como o recurso "1/2 Velocidade", ou a opção "Lo-Fi Filter", ou "Reverse".
Por exemplo, o botão "Reverse" leva o loop que você gravou e o reproduz para trás, o que pode parecer legal, mas a prática mostrou que a maioria dos guitarristas usa esse recurso algumas vezes quando compram o pedal porque é divertido, mas logo que eles se acostumam com o dispositivo, eles nunca mais tocam nesse botão novamente.

Qual a melhor forma de usar o Loop?
Uma pergunta frequente entre os músicos é: "Posso usar um pedal de loop no estúdio?" Bem, tecnicamente, você pode, mas é meio inútil. A principal razão do looper é permitir que você crie uma seção de ritmo de apoio para melódicas enquanto toca sozinho. No ambiente de estúdio, é bastante simples gravar tantas linhas de apoio quanto quiser, mas isso se torna uma história inteiramente diferente durante os shows.
Portanto, a melhor maneira de usar esses pedais é durante os shows ou enquanto você faz seu próprio trabalho. Muitos artistas de rua dependem muito dos loops para obter o resultado desejado, então tenha isso em mente quando você for comprar seu!

Algum músico famoso usa o pedal de Loop?
Sim, é claro! Por exemplo, o Sr. Ed Sheeran é conhecido pelos seus loops da marca Boss. Outros notáveis estão nessa lista, Robert Fripp de King Crimson, The Edge do U2, Brian May, Mal Webb, Reggie Watts, Gavin Castleton e muitos, muitos outros.

Quanto dinheiro eu devo gastar para comprar um pedal de Loop?
A resposta a esta pergunta depende muito de quanto você planeja usar o looper durante a sua performance. Quanto mais você utilizar esse efeito, mais você deve gastar para tê-lo. Entretanto se você for um iniciante, não compre um loop muito caro pois você não saberá utilizar muitas funcionalidades que o pedal oferece.

É preciso ter outros acessórios junto com o Loop?
Na verdade, os loopers operam como pedais padrão e exigem quase nenhum investimento adicional. Obviamente, você precisará de um adaptador de energia ou de baterias de 9V para alimentá-las - e elas geralmente não estão incluídas com o pedal - além de um par de cabos para conectar o dispositivo com sua guitarra e amplificador. Se você passar do número de dois ou três pedais em sua coleção, recomendo que você compre um pedalboard, mas esse é outro assunto.

Segue abaixo algumas sugestões de pedais de Loop:

Boss RC-3 Loop Station Pedal

A Boss é uma das maiores marcas de pedais de toda a história, é claro que a marca não ficaria de fora de uma lista com os melhores pedais de Loop. Seu pedal de loop RC-3 oferece gravação estéreo, ele também tem uma série de funções avançadas, como uma opção de ritmo e um recurso de tempo.
Esse é um pedal que suprirá todas as necessidades de qualquer guitarrista. Se você está buscando uma ótima qualidade de áudio, mas sem os recursos avançados e com um preço mais acessível, esse pedal é definitivamente uma ótima opção.


Nux Loop Core


Surpreendentemente acessível, o Nux Loop Core oferece muitas das qualidades sonoras do Boss RC-3, mas possui um preço significativamente menor. Ele oferece até 6 horas de gravação mono e estéreo, multi-camadas de efeito e rápidas mudanças de tempos!
Um contra do Nux é o seu som de bateria, que soa muito artificial. Mas, mesmo com esse ponto negativo, o Nux ainda vale a pena devido ao seu baixo preço.


TC Electronic Guitar Ditto

Se você está procurando por um pedal de Loop conciso, preciso, básico e muito efetivo, o Ditto da TC Electronic é a sua melhor opção. Ele oferece 5 minutos de loop com incontáveis efeitos, esse pedal possui um design minimalista, oferecendo apenas um knob em todo o seu chassi.
Não pense que esse único knob limita a ação do Ditto, muito pelo contrário, esse atributo torna esse pedal perfeito para os guitarristas que não gostam de lidar com incontáveis alterações de efeito, o Ditto vai direto ao ponto.

Rowin Music Looper


Este é outra opção simples e altamente acessível, o Rowin Music Looper tem todos os recursos básicos de um pedal de loop resumidos em um dispositivo mono que possui apenas um botão e um interruptor on/off. Esse pequenino oferece 10 minutos de loop com diversos efeitos editáveis.
O Rowin ainda é capaz de importar e exportar músicas para o seu computador. O design é classudo, o som é sólido e o preço é acessível… o que mais um guitarrista precisa?


Electro Harmonix 720 Stereo Looper

O Electro Harmonix é uma mistura perfeita de funcionalidades avançadas e facilidade de uso. Esse pedal oferece uma ótima função tradicional de loop, e ainda possui diversas funcionalidades novas como o botão Reverse e a opção ½.
Mas a jóia da coroa desse pedal é a sua fácil usabilidade. Ele está lotado de diferentes funcionalidades, mas todas essas funções tem um fácil acesso, apenas um ou dois clicks do guitarrista.


Digitech JMEXTV JamMan Express XT



O jamMan Express é um ótimo pedal para os guitarristas que estão procurando por um efeito cru de loop. O pedal possui 10 minutos de gravação stereo, este é um verdadeiro pedal de derivação com uma taxa de amostragem de 24-bit 44.1kHz.
A Digitech possui uma fama de produzir pedais com um chassi de plástico, o JamMan é uma exceção para essa regra. Ele possui um corpo de metal, que dá para o pedal uma durabilidade muito melhor.


Vox VLL1

A Vox fez, com o VLL1, um produto que combina o Loop com diversos efeitos clássicos do mundo das guitarras. Ele possui desde efeitos famosos como delay e distorção, até os mais alternativos como chorus e phaser.
Quando se trata de uma qualidade, não podemos dar muitos louvores, mas podemos dizer que o VLL1 tem um ataque sonoro aceitável. Esse não é um pedal que o MJ recomendaria para iniciantes no mundo das guitarras, já que ele é um pouco mais complicado de ser manipulado.


Moozikpro Guitar Loop Pedal


Se você é daqueles que gosta de poupar ao máximo o espaço de seu pedalboard, o Moozikpro é uma opção perfeita. Com um tamanho e um peso super compacto, este pedal oferece todas as capacidades sonoras da maioria dos pedais listados acima.
Apesar do tamanho pequeno, o item é durável e confiável, e até vem com um acabamento bonito de roxo a cinza. Nos controles, encontramos um único knob e um interruptor clássico on/off.


Digitech Jam Man Stereo Looper Delay Pedal


Aclamado como o melhor looper da Digitech, o Jam Man Stereo embala um conjunto de quatro pedais pesados. O dispositivo pode armazenar mais de 35 minutos de som estéreo ou estender esse banco de dados para 16 horas através de cartão SDHC.
Uma vasta gama de interruptores e botões adicionais também foi incluída no pedal, ele é perfeito para todos que gostam de efeitos mais complexos.


Boss RC-300 Loop Station

Poucos pedais de loop são capazes de vencer o poderoso RC-300 Loop Station da Boss! Carregado com três faixas estéreos, este equipamento permite que você crie realmente uma banda de apoio. Ele possui um pedal grande que permite que o guitarrista controle os efeitos em tempo real, ele também permite que o usuário grave 3 horas de suas performances.




fonte:https://musicjungle.com.br/blog/pedais-e-efeitos/os-10-melhores-pedais-de-loop


sábado, 17 de fevereiro de 2018

Paradoxos Musicais - 1# Cover




- Silvinho, estou pensando em tirar um solo de guitarra do Hendrix pra tocar em um Workshop. O que você me recomenda, tirar igual ou tocar com minha própria interpretação?

- Então mano se for fazer um cover temos os seguintes paradoxos: Se você tocar igual ao Hendrix, vai ter um amiguinho que ira falar: "Tá imitando", "O Hendrix faria melhor"...

- Se toca diferente, outro amiguinho vai dizer: "Sacrilégio", "Violando a obra de um deus"!

- E ainda vai ter que tolerar o outro especialista dizendo: Ele só copia, não cria nada!

- Então o que eu faço Silvinho?

- Faça igual a formiguinha, mas antes pergunte qual a opinião deles a respeito do Elvis Presley,  ele não fazia músicas, só as cantava. Mas e ai não foi o suficiente? Somos apenas uma minuscula parte de contribuição para o universo da música.

- Seja você mesmo, assim vai ser único, pois Hendrix já existiu, você ainda está no caminho.

- Acredito que a música é única das artes que é inacabada por natureza, cada um que pega uma música incorpora e é incorporado por ela. Isso é ser interprete e nosso seu dever.

- Mas e a formiguinha Silvinho?

- Pensei que não ia perguntar (rs)... Mas quem sabe ela carrega 100 vezes o seu próprio peso porque é surda e não fica preocupada com as opiniões de especialistas (by Google) alheios. 

#DeNada

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Limpeza básica - Manual dos porcos - Parte I




Sinceridade na resposta. Você limpa a sua guitarra?

Muitos guitarristas pensam que toda e qualquer manutenção em seu instrumento é coisa para o luthier fazer. Eu não concordo nem um pouco com isso. Você não tira o pó do seu computador e objetos pela casa? Não vejo motivo para não fazer o mesmo em seu instrumento musical. É claro que sujeiras profundas entre trastes ou manchas devem ser tratadas por profissionais. Mas no uso normal o instrumento fica cheio de pó e também cheio de meleca (sebo e suor) que sai do nosso corpo. Em um médio ou longo prazo o instrumento vira um gigante depósito de bactérias e também um lugar propício à formação de fungos e ferrugem que vão comprometendo os metais e também o acabamento do instrumento.

No caso de instrumentos claros é um pesadelo e fica tudo amarelado ou com manchas pela madeira e pintura. Não, isso não é ser “relic”, “vintage” ou “style”, é sujeira mesmo. A diferença para instrumentos “judiados” pelo tempo é que mesmo com a limpeza houve um desgaste natural de todos os materiais. Não confunda estilo com porquice. Pensando nisso resolvi passar algumas dicas para a limpeza de instrumentos de cordas:
Você vai precisar de…
1) Três flanelas
2) Detergente NEUTRO para lavar louça
3) Água limpa
Isso é o básico que você vai precisar para uma boa limpeza.  O primeiro passo é molhar um pouco uma das flanelas apenas com água e torcer bem. Ela deve ficar apenas úmida e não molhada. Passe pelo corpo e braço da guitarra. Não esqueça da escala pois é onde junta mais sujeira:


No braço agora  você já pode passar uma flanela seca. Para o corpo pegue uma flanela nova e coloque em um recipiente com água e um pouco de detergente neutro. Torça bem! Passe pelo corpo, depois passe a flanela apenas úmida que você usou no braço. Depois é só passar a flanela seca. Essa limpeza simples remove gorduras e pó do instrumento.

A dica vale para instrumentos com corpo e braço envernizados ou pintados. Em caso de um instrumento encerado não faça isso pois a madeira está mais exposta e os poros podem absorver a umidade e acabar empenando o seu instrumento.
Muita gente utiliza lustra-móveis ou ceras automotivas para dar brilho ou polir os instrumentos. Eu não recomendo pois mesmo que tenhamos a lista completa de reagentes destes produtos, não sabemos a natureza química do acabamento do nosso instrumento e isso pode comprometer não só a estética como a funcionalidade do mesmo. E também algumas ceras são muito abrasivas e deixam riscos permanentes. Por isso é mais interessante uma limpeza simples. Agora quer algo ultra limpo aí sim recomendo levar para o luthier que vai te devolver o instrumento zero km igual quando você o viu penduradinho na loja sorrindo para você.

Quem quer se aprofundar na arte da limpeza eu recomendo esse kit da dunlop que vem com ótimos produtos já pensados para isso e ainda com instruções de uso:


Devo dizer que não é muito barato, mas rende várias limpezas e se você tem um bom instrumento o mesmo merece.
Para as cordas continuo com a dica de usar o WD-40 que ajuda a proteger a corda da oxidação (resultado da combinação, umidade, oxigênio e ferro)

Ter sempre flanelas macias em casa é uma ótima forma de manter o seu instrumento sempre brilhando. Sempre depois de tocar passe a flanela na sua guitarra. Lembre bem, na guitarra e NÃO nas cordas (pois ela não tira a umidade).

Troque de flanela de tempos em tempos. Normalmente ao lavar elas vão ficando muito ásperas, por isso deixe várias de reserva.

E lembre-se:
"NUNCA DEIXE DE TOCAR O SEU INSTRUMENTO. PARA TE DAR O SOM DOS SONHOS ELE NÃO PEDE MUITO DE VOCÊ, SÓ UM POUQUINHO DE ATENÇÃO."


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

A IMPEDÂNCIA e seus amigos



Por que alguns guitarristas usam a combinação head e caixa ao invés de Combo?

Existem muitas razões. A primeira é potência. A maioria dos amps de alta potência
só saem na versão head. A segunda é flexibilidade. O músico pode escolher entre
uma grande variedade de caixas que variam também o número e tamanho dos falantes.
Seu amp terá uma certa performance com uma 4×12, mas você também poderá usá-lo
com uma 1×12 compacta em outras situações.

Lembre-se que seu head e caixa precisam estar conectados da forma correta.


O mais importante a ser considerado é a resistência elétrica, ou impedância de
cada parte. Ela é medida em ohms e representada pelo símbolo grego ? (ômega).

Pra entender melhor as razões para as regras de conexão dos falantes,
precisamos entender um pouco de eletrônica. Pra ficar mais fácil de entender,
vamos relacioná-la a algo que já estamos acostumados e vamos tomar como exemplo
uma mangueira. Pegue a mangueira (sem o esguicho) e abra a torneira. Logo, a
água deve começar a sair da ponta da mangueira. Esse fluxo de água através da
mangueira é parecida com a corrente elétrica, que normalmente é descrita como
o fluxo de elétrons através do cabo e é medida em amperes.

Agora coloque o dedão na ponta da mangueira e tente parar o fluxo de água. A pressão
que você sente é parecida com a Tensão. Ela é a força da eletricidade que empurra os
elétrons através do cabo. Perceba que se você conseguir parar o fluxo de água (nenhuma
corrente), a pressão ainda continuará. É assim num amplificador sem falantes.


A tensão está presente, mas não há o fluxo da corrente.

Finalmente mexa um pouco o seu dedão pra que um pouquinho de água saia. Mudando a
posição do seu dedo, você consegue controlar a quantidade de água que sai da mangueira.
Ele está restringindo a corrente de água. Num circuito elétrico, “coisas” que impedem
ou controlam o fluxo de corrente tem impedância. Numa mangueira, usamos o esguicho
pra restringir o fluxo. Num circuito elétrico, a “coisa” que usa energia elétrica
e tem impedância é chamada de carga (falantes, load box, dummy load).

O que são ohms?
Ohm é a unidade de medida de impedância, que é a propriedade de um falante de
restringir o fluxo de corrente através dele. Normalmente falantes tem impedâncias
de 4, 8 ou 16 ohms.

Por quê ohms são importantes?
Se você conectar seu amplificador ao falante com impedância errada, corre o risco de
danificar o amp. Em valvulados, uma impedância muito alta (ou o falante desconectado)
pode danificar as válvulas ou o transformador de saída.
Conectar só uma caixa ou um falante num combo é mais fácil, pois a maioria dos heads
tem chaves seletoras de impedância, então é só casar a impedância do amplificador com a
da caixa ou falante. Mas o esquema fica um pouquinho mais complexo quando você tem
mais de uma caixa e precisa considerar outros fatores.

Sempre use um speaker cable, que é diferente de um cabo de guitarra comum.

Primeira regra: Não ligue o amplificador sem o falante ou caixa conectada.
Ignorar essa primeira regra pode danificar o seu amplificador, então preste bastante
atenção.
Existem alguns equipamentos que substituem o falante, como load boxes e dummy loads.
A não ser que você esteja usando um deles, lembre-se sempre de verificar se seu falante
ou sua caixa está ligada no amp.
Segunda regra: Certifique-se que a impedância do amplificador é a mesma da caixa ou
falante(s).
Um amplificador com a impedância errada pode ainda soar normalmente, mas pode estar
causando danos ao transformador, resistores e válvulas.

Em situações que você tem uma caixa com 16 ohms e saídas de 4 e 8 ohms, você pode
usar o amp setado em 8 ohms, com a caixa com 16 ohms, mas o amp nunca deve estar
setado com uma impedância maior que a da caixa.
Amplificadores podem ter duas saídas para caixas, com ligação em série ou paralelo.
Paralelo: Duas caixas de 8 ohms plugadas em um amp = carga de 4 ohms.
Em paralelo você divide a impedância total pelo número de caixas (ou falantes numa caixa).
Então se você tem duas caixas de 16 ohms conectadas ao amp, terá um total de 8 ohms.
Deu pra sacar?
Série: Uma caixa de 8 mais outra caixa de 8 ohms= 16 ohms.
Em série, você soma a impedância das caixas, ou seja, duas caixas com 4 ohms serão
vistas pelo amp com 8 ohms.


O resto é com você! Agora que você já sabe como ligar as caixas ao seu amplificador,
você pode deixar seu som com a sua cara. Usar um amp de 10W numa 4×12 pode ser incrível.
Ou usar seu monstro de 100W com uma caixa mais compacta caso não tenha muito
espaço também é adorável. As combinações são muitas. Encontre a sua!
Fontes:
http://www.prestonelectronics.com/audio/Impedance.htm
http://www.justinguitar.com/en/GG-011-SpeakerCabinets.php
http://www.georgesmusic.com/speaker-cabinets-the-world-of-ohms.html