segunda-feira, 16 de abril de 2018

CURIOSIDADE MUSICAL 4# - VINTAGE



Nem todo instrumento com mais de 20 anos é necessariamente colecionável, ou tem um bom som , ou vale muito.Existe ainda por cima , uma série de fatores e termos que podem confundi-lo na hora de identificar uma guitarra , como por exemplo "raro", "colecionável", "fora de linha", "Edição limitada", "Re-edição" , sem falar em cópias e modelos falsificados.
Muitas vezes só um colecionador experiente pode distinguir entre um modelo original e uma cópia bem feita. Vamos ver :
RARO: Uma guitarra pode ser rara porque foram feitas muito poucas, ou até só uma, mas isso não quer dizer que seja vintage ou tenha valor.
FORA DE LINHA: São as guitarras chamadas em inglês de "discontinued", ou seja, que não se fabricam mais. Isso também não quer dizer que sejam guitarras de interesse ao mercado vintage , até porque pode ser que tenham sido tiradas de linha , justamente por que foi um fracasso de vendas na época ou foram substituídas por modelos mais atraentes e com mais apelos. Por outro lado, existem guitarras que saíram de linha , mas que hoje são um sucesso e muito valorizadas , e portanto este item deve ser analisado caso a caso.
EDIÇÃO LIMITADA: São guitarras que as fábricas resolvem fazer em quantidades limitadas e numeradas, ou seja, deve estar escrito no selo "numero_______ de ______ produzidas". Claro que, de novo, isso não quer dizer que essas guitarras devam ser consideradas mais valorizadas.
RE-EDIÇÃO: Aqui também vale a pena citar o nome em inglês, no caso "reissue", que é a pratica de algumas marcas de guitarras relançarem seus modelos mais famosos e valiosos, com as mesmas especificações com que eram produzidas antigamente. São cópias dos modelos vintage feitas normalmente com muito cuidado e com a intenção de atingir o público que não consegue obter um modelo original.
As guitarras mais valorizadas no mercado vintage são as que reúnem algumas dessas características.


Fonte:http://www.vintageguitar.com.br/m_suaguitarrae.shtml

sábado, 14 de abril de 2018

Um papo sobre: MÚSICA DE QUALIDADE


Você definitivamente já ouviu, e provavelmente já falou, que alguma música é “muito ruim”, e aí alguém certamente chegou e discordou. Será que qualidade é uma coisa subjetiva?
Minha resposta para esta pergunta é um sonoro não; qualidade é com certeza algo que existe mesmo na arte. A questão é: que critérios definem realmente o que é uma música de qualidade? Esta é a parte difícil. Como lidar com isto sabendo que, independente do seu critério, deve haver algo na sua playlist que seria definido como ruim?
Preciso esclarecer aqui certas coisas: o que direi aqui é puramente baseado em minha opinião. E mesmo assim, não pretendo chegar em uma conclusão, apenas apresentarei uma série de critérios que julgo razoáveis; é um artigo para reflexão antes de ser um artigo útil. Não quero mudar o gosto musical de ninguém… As vezes gostamos de músicas que nós mesmos consideramos como "ruim"

INOVAÇÃO
Este critério aqui depende do contexto em qual a música foi criada. Funciona deste jeito: a música soa como todas as outras músicas do seu gênero? Você tem a impressão de já ter ouvido isso mil vezes antes? Se sim, você pode estar olhando para uma música ruim. Ou talvez não ruim, mas provavelmente preguiçosa.
Isto acontece em todos ou quase todos os estilos musicais (no jeito do “Maria-vai-com-as-outras”), mas é mais notável em estilos muito criticados, como o funk carioca e o pós-grunge (gênero de Nickelback, The Calling, etc). Independente do estilo, é comum vermos músicas cujas características são inevitavelmente trazidas intactas de outras músicas do meio. Uma exceção é quando o atributo copiado vem de outro estilo musical; isto, em si, é geralmente inovador.
O negócio é mais feio quando se compara trabalhos do próprio artista. Muito embora haja, obviamente, uma licença e praticamente uma obrigação ao artista que suas músicas venham com sua marca registrada, certos artistas abusam um pouco, especialmente dentro de um mesmo álbum, onde coesão musical entre cada música é algo desejado. Geralmente isto se torna critério de crítica ao artista, e não às suas músicas. É por isso que, por exemplo, considero o álbum Defying the Gods, da banda Rise To Fall, um álbum fraco apesar de muitos gostarem maioria das músicas. Confira Whispers of Hope e Reject The Mould (músicas que vem literalmente uma atrás da outra na sequência do álbum) para entender o que eu quero dizer.
Por outro lado, há artistas e grupos que, só por fazerem o tipo de música que fazem, já escapam de soar similares a outros músicos. É o caso, por exemplo do U2, do Red Hot Chili Peppers e do System of a Down.
Estrutura da música, arranjo, compasso e mesmo atributos simples como tempo e tom de base são algumas características que poderiam mudar de música para música. Músicas excepcionalmente únicas podem ocorrer quando se “brinca” com estes elementos; um dos meus exemplos é Revive My Wounds, da banda Sybreed, que cria algo bem diferente, apenas se utilizando de melodias nada usuais.

VARIEDADE
Quando uma música é repetitiva, realmente é um pouco difícil de se apreciar.
Aqui temos outro motivo pelo qual o funk carioca é tão detestado. O hip-hop também tende a sofrer muito neste critério, e música eletrônica geral, mais ainda. Nesses estilos, é típico que a variedade dentro da música seja escassa, com uma estrutura que se repete com pouquíssima variação, e com mudança significativa apenas nas letras (quando há).
É importante notar que a relação entre variedade e qualidade não é exatamente linear. O estabelecimento bem-sucedido do sistema “verso-refrão-verso-refrão-bridge-refrão” indica que alguma repetitividade pode ser beneficial à música. Por outro lado, pela minha experiência, uma música com estrutura mais variada tende a ter um potencial maior.
O arranjo, a estrutura, as melodias e o ritmo ao longo da música podem determinar o grau de variedade de uma música; quando muitos destes aspectos são estagnados pela duração da música, temos uma música pouco variada. É um desafio maior quando as músicas são longas.
É meio difícil encontrar um exemplo bom de uma música variada, já que este critério é mais eficiente em se encontrar músicas ruins que músicas boas. Mas uma música que acho apropriada é a música Sons of Winter and Stars, da banda Wintersun. São 13 minutos de música, e ainda sim a variedade aqui é bem considerável; o arranjo, o ritmo, o tempo e as melodias variam muito ao longo da música, mas não mais do que o necessário. Em fato, a música é tão bem planejada que certas partes são compridas o suficiente para gerar tensão, e curtas o suficiente para evitar estagnação.

“AGRADABILIDADE”
Este critério é, mais precisamente, direcionado à probabilidade de atrair ouvintes, o que em si pode ou não ser indicativo da qualidade musical da obra.Aqui, a música pop triunfa. Independentemente do que você possa achar da música popular ou de como as músicas mais famosas possam tropeçar nos outros critérios, este é o seu reino.
A ideia é bem simples: um foco em melodias “grudentas”, que sejam agradáveis ao ouvinte. Como já mencionado antes, esta é a especialidade da música pop. O uso de melodias agradáveis como pedra angular em uma música também é muito empregado no rock (assim como em algumas vertentes do metal, que até recentemente só queria fugir de tudo que soasse “agradável”), em alguns subgêneros da música eletrônica, em trilhas sonoras (nas décadas de 80 e 90, uma melodia agradável era essencial para trilhas sonoras de games, graças às limitações tecnológicas dos chips de som da época) e, logicamente, em jingles.
Uma música agradável não precisa ser genérica. Temos Reaching Home, da banda holandesa Textures, que apresenta muita síncope (deslocamento inesperado do ritmo) e melodias menos usuais.

CONTEÚDO (letras)
Agora, este é provavelmente o critério mais polêmico. Alguns acreditam na letra como o aspecto mais importante de uma música, outros dão tão pouca atenção às mesmas que preferem ouvir música instrumental. A maioria dos ouvintes de metal, eu incluso, não prestam muita atenção na letra (quando entendemo-la, kkkk).
Além disto, as próprias qualidades de uma boa letra podem ser consideradas subjetivas. Tem gente que gosta ouvir a Lady Gaga falando sobre ser rica, outros gostam de ouvir um Cantor Gospel louvando a Deus ( ou aquelas músicas de auto-ajuda ) e outros gostam de ouvir Burzum fazendo exatamente o oposto. Portanto, para se estabelecer objetivamente um critério de qualidade, é mais interessante excluir o tema da avaliação. A partir disto, resta apenas padrões de poesia para determinar a qualidade das letras. Pontos bônus se há relação da letra com a música que segue. Obviamente não é um fator existente em uma música instrumental.

ATENÇÃO
Não, eu não estou chamando sua atenção, é só outro critério. O critério da atenção é o mais simples de entender. Atenção aqui está no sentido de atenção aos detalhes; o quanto foi feito para que a música tenha as características desejadas? Foi uma obra preguiçosa ou meticulosamente trabalhada?
A música eletrônica tem alto potencial pra cumprir esta função, já que seus atributos são mais fáceis de se manipular. Muitos consideram que, em termos de qualidade, a música atual não chega aos pés da música clássica pois, assim como nas demais artes clássicas, a atenção aos detalhes era tudo. Mesmo assim, qualquer estilo musical pode beneficiar deste atributo, é só o autor querer. Ainda sim é raro músicas com atenção a detalhes em gêneros como o punk rock e o (adivinha) funk carioca. (parece que eu estou implicando com o funk carioca mas eu só estou realmente sendo honesto!)

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Fender falsa - Parte 1


Sempre existe um espertinho afim de dar aquela rasteira nos desavisados, e por muitas vezes você acaba sendo enrolado e só percebe anos depois.
Tudo isto pode levar a grandes prejuízos, e no mundo da guitarra tais prejuízos podem não ser apenas monetários.

No nosso dia a dia aqui na oficina vira e mexe aparecem instrumentos que temos que definir se é falso ou não, e pasmem apesar de não parecer existe muita gente tocando com Fender falsa por ai.

Isto acontece por conta das guitarras da Fender, tal qual outras marcas, usarem um processo de construção que facilita tal falsificação.
Além do fato de existirem muitas marcas que constroem replicas das stratos, teles, e contrabaixos quase que idênticos aos originais. E ai fica fácil para o espertinho trocar a logo marca, que pode ser facilmente adquirida por ai e colocar o instrumento a venda.

Só que neste caso não se trata de um instrumento legitimo e sim de uma Fender falsa.

São muitos detalhes a a saber, mas vou dar algumas diretrizes de como você pode identificar se esta comprando uma Fender ou uma Fender falsa.
Tarraxas e pontes

Um dos primeiros pontos a se reparar para pegar uma Fender falsa no flagra é na qualidade e tipo das peças, tarraxas e pontes.

Normalmente instrumentos que não são originais tem qualidade do cromo ou dourado muito inferior em relação ao acabamento usado pelas guitarras originais.

Então se você se deparar com uma guitarra com qualidade de hardware meio duvidosa cuidado você pode estar comprando uma Fender falsa
Tarraxas


Tarraxa moderna original. Logotipo da Fender da parte traseira das tarraxas.


Tarraxas moderna chinesa. Sem logotipos e qualidade do acabamento questionável.


Tarraxa cópia do jogo vintage da Kluxon



Jogo vintage da Kluxon usado em algumas Fender, repare no logotipo da Kluxon atrás da tarraxas
Tarraxas que a Fender usou até a década de 70.





É lógico que apenas o jogo de tarraxas não vai dizer se você esta comprando uma Fender falsa.

Além do mais algumas guitarras especificas da Fender vem de fabrica com jogos de tarraxas de outras marcas, como algumas modelos signature.

Pontes


Ponte American Standard original. Nesta ponte os carrinhos são de aço inox e o parafuso de ajusta de oitavas é fora do centro.





Cópia da ponte American Standard, nesta ponte os carrinhos não são de aço inox e o parafuso de ajuste de oitavas é centralizado.



Na ponte da telecaster original vem escrito Fender.



Na ponte da Fender falsa não vem escrito nada geralmente. Claro que os falsificadores dão jeito para tudo,
mas a qualidade do material e acabamento é pode ajudar a perceber a diferença caso tenha o logo.




Ponte vintage 6 parafusos da Fender.


Na ponte vintage genuína alem dos carrinhos serem dobrados vem escrito Fender em todos carrinhos



Ponte 6 parafusos paralela. Nesta ponte os carrinhos são dobrados e não vem escrito nada neles


A ponte pode te dar um ótimo indicativo se a guitarra é original ou se trata de uma falsificação, mas só isto não basta para definir se você esta comprando uma Fender falsa, existem outras coisas que você deve saber antes de fechar qualquer negócio.

Hoje podemos dizer que a maioria do comercio de guitarra é feito através da internet.

Então se o vender se recusar a mandar detalhes da guitarra em fotos ou mesmo não quiser te mandar o numero de série do instrumento você já pode ficar com o pé atrás.
Detalhes estéticos
Alguns detalhes entregam de cara se você esta sendo feito de bobo, um dele pro exemplo é o espaçamento dos dots, mascadores, da casa 12.

Tampa do Compartimento de Molas

Outra coisa bem simples que pode te dar alguma direção é a tampa do compartimento de molas.

Nas Stratos a tampa do compartimento de molas tem os buracos para parafusos centrais fora de centralização



Já na Fender falsa os parafusos centrais da tampa são bem alinhados.

Mas tome cuidado pois um escudo traseiro é muito fácil de substituir ou mudar os furos de posição.
Procedência

Outro detalhe muito importante são as inscrições de procedência tanto no corpo quanto no braço.

Aqui temos que tomar bastante cuidado pois a própria Fender varia o modo de como isto é feito, dependendo do pais de origem da guitarra. Nas Fender México ele escrevem de um jeito nas Japão de outro e mas American de uma terceira forma.

Braço de uma american tanto no corpo quanto no braço a data de quando o instrumento foi feito é estampada.


Já no braço da MIJ, made in Japan a data é escrita a mão em algumas vezes mas também pode ser estampado


Já nas mexicanas normalmente vem um papel com a assinatura de quem fez o braço, e algumas vezes não vem data.


Fender Japan com data estampada




Já no braço da Fender falsa, ou clone, quase sempre não vem escrito nada no braço ou no corpo.

De novo aqui temos que tomar cuidado, pois mesmo sem oriunda do Japão ou México você vai estar comprando uma Fender, o problema aparece quando estão te dizendo que esta tal Fender é Fender american, então de certa forma você esta comprando uma Fender falsa.



Corpo

Mais um ponto onde você pode usar com parâmetro para tentar definir se o instrumento é realmente o que estão te dizendo.

Aqui novamente é necessário ter cuidado pois o carpo em questão pode sim se tratar de um corpo de Fender, mas não necessariamente uma american.

E dada a semelhança é possível inclusive encontrar corpo de guitarra Squier tentando se passar pelo primo mais rico.


Comparação em corpo de uma Strato MIJ, Made In Japan, e um de uma Strato USA. Repare no rebaixo na região do captador da ponte.


Já as Fender MIM, made in México, normalmente tem o esquema de furação bem diferente. Com opção para single ou humbucker na posição da ponte e braço.



Já este corpo parece com de uma strato, mas não é reparem na “qualidade” das cavidades.


E o que dizer sobre isto então, só pintar colar o logo e ser o feliz dono de uma Fender falsa.
Logotipos

Aqui o assunto fica sério, existe uma infinidade de pessoas que produzem e vendem cópias do logotipo da Fender.

Cansamos de ver por ai a vender, é só saber procurar, e por muitas vezes vimos alguns vendedores usando a seguinte propaganda:

[blockquote source=””]Transforme qualquer guitarra em uma Fender[/blockquote]

Bom sabemos que isto não é verdade. As vezes tais logotipos eram tão toscos que até quem tem menos experiência iria desconfiar.


Logotipos originais

Os logotipos originais da Fender ,quando tem cores como dourado ou prata, estas cores realmente são metalizadas, é dourado mesmo e não um “amarelo” que parece dourado feito na impressora em casa, e o mesmo acontece com a cor mais próxima do prata.


Logo com preenchimento que deveria ser na corpo prata, e não cinza. Logo falso


Este aqui tem a cor amarelinha, falso. Deveria ser dourado. Reparem que tem até numero serial.


Estes aqui também pulam em uma perna só

Mas aqui mais uma vez tudo pode ir por água abaixo, pois existem ótimos profissionais no mercado que conseguem reproduzir tais logotipo com extrema perfeição.

Muitos deles apenas com o intuito de restaurar um instrumento originais que foi danificado na parte do logotipo.
Bom senso, senso comum e referencia do fabricante.

Este aqui vale para qualquer guitarra ou contrabaixo de qualquer marca. Se o instrumento não parece ser o que ele diz que é, já fique com o pé atrás.

Se você não conhece muito sobre um determinado modelo de guitarra, pesquise, vá ao site oficial veja se aquele modelo existe, quais eram as cores produzidas, se tinham algum detalhe muito especifico, para só assim poder tomar alguma decisão de negocio.

Amigos, que tocam e conseguem instrumentos, sempre são uma boa ideia, se você esta na duvida pergunte a um amigo.

Juntando tudo isto, e é claro sempre desconfiando de preços muito abaixo dos de mercado, você consegue se livrar de algumas bombas. Tudo isto também vale para instrumentos usados, que realmente são originais, mas que podem contar com defeitos que você previa.

fonte: http://loudluthieria.com