quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Organize seus estudos


Estudar música não é fácil, e todos nós sabemos disso. É necessário tempo, paciência, persistência e, claro, uma boa organização para que não fique faltando nada. O que vamos conversar aqui é justamente sobre como conduzir seus estudos para que ele seja sempre prazeroso e eficaz.

Organize o conteúdo a ser estudado

Cada guitarrista deve se organizar de acordo com sua proposta na música e seu tempo disponível para estudo. Divida os conteúdos desta forma:
- Teoria
- Técnica
- Improvisação
- Repertório
- Percepção
- Harmonia
- Leitura
- Gêneros Musicais
- Setup

Essa grade curricular engloba os principais conteúdos da guitarra. A ordem desses assuntos, assim como a intensidade que você vai treinar cada um deles, pode ser definida de acordo com a sua vontade.

Organize seu tempo de estudo

Isto é algo particular de cada guitarrista, pois cada um tem seu tempo. Alguns têm 6 horas, uma hora, meia hora... Enfim, cada um tem uma realidade de vida, não é mesmo? Temos que trabalhar de acordo com isso. Logicamente, se sua intenção é ser profissional, seu tempo de estudo deve ser maior. Porém, nem todos tem esse objetivo. Tem muita gente que curte estudar música como um passatempo, um hobby. De qualquer forma, seja disciplinado e cumpra a risca seu cronograma de estudo!

Toque todos os dias

É importante estudar diariamente. Que seja meia hora. Não é bom usar um único dia para estudar, tocando cinco ou seis horas. Isto satura seu raciocínio. Há estudos que dizem que, após um tempo, nosso cérebro cansa e não rende mais o necessário. Então, chega uma hora que é necessário descansar.

Lembrando que, ao estudar música, temos o modo intelectual e prático funcionando ao mesmo tempo. Estudar diariamente mantém você raciocinando no instrumento todos os dias, e respirando música. Se você tem um único dia para seus estudos musicais, nos outros seis dias você esquece o instrumento e os conteúdos, e, na hora que você volta para tocar, sente que defasou um pouco.

Use o modo inteligente de estudar

Eu também tive dificuldades quando comecei. Minha maior dificuldade era manter os conteúdos estudados e entender outros. Até que fui apresentado ao “modo inteligente” de estudar música. Minha vida mudou! O que seria o “modo inteligente”? É um mecanismo onde você não decora. Você entende, e aplica o que foi aprendido. É a teoria a favor da prática. Funciona... e funciona bem!

Você deve procurar relacionar e entender, ao invés de decorar. Isso fará de você um músico mais pensante! Veja a dica abaixo.

Saiba usar os conteúdos já aprendidos

 Vou dar um exemplo : vamos supor que você esteja aprendendo a improvisar em uma determinada progressão, antes de sair tocando alguma coisa, faça uma prévia analise harmônica, identificando assim os centros tonais ou o centro tonal que será empregado, localizando assim a escala ou escalas. Mas além da escala, observe o que mais você pode trazer para esse plano: as pentas, cujo uso é sempre bem colocado; o campo harmônico em questão; os arpejos desse campo harmônico; as figuras rítmicas a serem usadas nessa improvisação; técnicas de expressão; técnicas de digitação, e muito mais!

Tente romper as barreiras daquilo que você estudando para ir mais além. Isso é visão - enxergar além do óbvio. Dessa forma, você mantém seus conteúdos sempre bem ativos na sua mente e amplia seu repertório de ideias.

Não adianta nada estarmos sempre vendo conteúdos novos se perdermos aquilo que foi estudado. Dessa forma, você nunca cria alicerces sólidos. O segredo é manter sempre em atividade aquilo que você conhece e conseguir relacionar esse conhecimento com novos conteúdos. Aplique a teoria a favor da prática. Sempre que for improvisar, ou interpretar um tema, observe bem as figuras e escalas utilizadas. 
Evite começar assuntos novos se tiver algo inacabado

Se você ainda não consolidou um conteúdo básico, não conseguirá abordar assuntos novos, pois faltará entendimento. Estude com calma, seguindo o passo a passo. Evite pular conteúdos ou etapas, pois isso só vai te gerar dúvidas.
Se puder, tenha um professor

Hoje com a velocidade da informação, muita coisa poder ser absorvida em artigos na internet, encontramos muitas informações importantes e dicas valiosas e também muita “baboseira”. Mas é importante entender que a Internet não substitui a função do professor. Às vezes, um assunto que você leva meses para entender, o professor pode te explicar em cinco minutos!

Confira essa postagem com assunto relacionado :


Pense nisso :)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Frustrações ao praticar um instrumento - Causas e Soluções


Alguma vez você já terminou uma sessão de estudos de seu instrumento e saiu do quarto perguntando se você desperdiçou apenas uma hora de sua vida? Sentindo que você usou sua hora de estudos, mas que não tem certeza se foi produtivo?

Um dos principais fatores que podem ditar o quão eficiente e eficaz nossos treinos são é a concentração (ou a falta dela).

Lembre-se por este artigo que a chave para a maestria é a prática deliberada. E o ingrediente chave na prática deliberada é a capacidade de pensar com clareza e propositadamente. Repetição mecânica é fácil – prática deliberada é o verdadeiro aprendizado, por outro lado exige grande concentração e foco.

Infelizmente, a maioria de nós não pode simplesmente ligar ou desligar o interruptor da concentração. Todos nós já tivemos momentos em que realmente queremos ou precisamos nos concentrar, mas simplesmente não conseguimos, não é mesmo? Enquanto isso é frustrante e agravante, muitos poucos de nós realmente paramos para pensar com mais cuidado sobre por que não fomos capazes de nos concentrarmos. Afinal, se você não consegue se concentrar, normalmente há uma boa razão. 

Então, porque eu não consigo me concentrar? Se você pode identificar o problema, você pode identificar e implementar uma solução que irá ajudá-lo a encontrar seu foco, concentrar e facilitar uma sessão de estudos muito mais produtivo. O grau de dificuldade em que você pode pratica também tem um impacto sobre o seu nível de motivação para continuar a praticar (porque a prática se você não está ganhando nada com isso?). Abaixo, em nenhuma ordem particular, estão 9 razões pelas quais você pode estar tendo dificuldade de concentração, podendo te ajudar a ter sessões de estudos mais produtivos. 

1 – Distrações externas 
Praticar nem sempre é a coisa mais interessante para se fazer. O seu ambiente de estudos é propício à concentração da prática de seu instrumento ou à distração e diversão? Desligue seu celular, prefira uma cadeira confortável a uma cama, desligue seu celular, prefira um cômodo em que não tenha uma TV e que seja longe da geladeira, desligue seu celular e peça para alguém cuidar do seu animal de estimação enquanto você estuda. Transforme seu ambiente de estudos em um lugar ao qual seu cérebro não estará tentado por estímulos irrelevantes. Ah, não se esqueça de desligar o seu celular!

2 – Déficit de habilidade 
Alguma vez você já aprendeu a se concentrar? A concentração é uma habilidade, assim como aprender a tocar o instrumento. Para essa questão, você já aprendeu a praticar? Ao contrário de atletas que muitas vezes treinam e praticam sob o olhar atento de um treinador, muitos poucos músicos já tiveram instruções de como praticar da maneira certa.

3 – Baixa tolerância à frustração
Como Robert Byrne disse: “Existem dois tipos de pessoas. Aqueles que terminam o que começam, e aqueles que … ”
Entenda que o progresso e a aprendizagem não é linear. A realização de maestria e excelência de desempenho parece mais com uma escada, onde a maior parte do seu tempo é gasto em planaltos. Enquanto você está praticando o caminho certo, você será recompensado pelo progresso – mas sabe que o domínio requer paciência. O livro Mastery, por George Leonard pode ajudar tremendamente a este respeito e é uma leitura obrigatória para músicos (e não-músicos, bem como, francamente).

4 – Nenhum objetivo ou plano claro
O quão claro é o seu plano para a sua próxima sessão de estudos? O que você pretende conseguir?
Seu plano é muito vago? (“Eu preciso tocar mais afinado”)
É impossível? (“Eu não deixarei este quarto até que isto saia absolutamente perfeito”)

5 – Falta de energia
Concentração requer energia. Se você está cansado, você não será capaz de se concentrar totalmente.
Se você começar a prestar atenção, você verá que há certos períodos durante o dia quando você é naturalmente mais alerta, atento e capaz de se concentrar. Não perca esses períodos de tempo em tarefas que não exigem a sua atenção. Trate estas porções do dia como sendo mais valiosos e use-os para tarefas que tem prioridades mais altas. Por exemplo, se você sabe que você tende a ser mais “esperto” em torno das 10h da manhã, e tende a ficar sonolento em torno da 13:30, faça o que puder para praticar às 10h e deixe para fazer algo que não exija 100% de concentração às 13:30. É importante também, manter uma boa alimentação para manter seu corpo e mente saudáveis.

6 – Ansiedade
Você tem dificuldade para se concentrar em uma coisa de cada vez? Você fica pulando de uma coisa para outra, sem realmente resolver um problema antes de passar para o próximo?

7 – Distrações
Você costuma ficar aéreo ou distraído enquanto pratica? Fazer os exercícios sem ouvir as notas durante os movimentos impedirão que você perceba seus erros, fazendo que você os repita, inconscientemente, no futuro.

8 – Falta de interesse
Você luta para se concentrar, se você não está realmente interessado no que você está fazendo. Pergunte-se porque você está praticando. E não, a resposta correta não é “eu estou praticando, porque eu quero ficar melhor” ou “porque o meu professor vai saber se eu não fizer”. Por que você está praticando, afinal?
Não custa lembrar a razão dos seus treinos diários. Esse item anda de mãos dadas com o item 4 (Planos e objetivos claros).

9 – Compromisso
O quanto você está comprometido com seu ofício? Você está disposto a fazer o que é preciso para ser o melhor que você pode ser? Vale a pena para você?

Isso é tudo?
Existem mais fatores que nos impedem de se concentrar? 
Mais do que provavelmente, sim. 

No entanto, estes são 9 que podemos começar a considerar. A conclusão é: se você está saindo da sala de ensaios com a sensação de que você não ganhou muito de seu investimento de tempo e energia, há um motivo subjacente. E a razão não tem nada a ver com o quão talentoso ou você é. Isso é provavelmente mais estreitamente relacionado com o seu nível de concentração, foco e clareza de objetivos – todos os quais estão dentro de seu controle.

Descubra o que está prendendo você, implemente uma solução que tem como alvo o fator específico, e veja se a prática não se torna mais eficiente e gratificante.


sábado, 5 de dezembro de 2015

Ponte Floyd Rose a evolução

Floyd Rose locking tremolo, ou simplesmente Floyd Rose é um tipo de ponte (flutuante) com travamento desenvolvido para guitarra. Floyd D. Rose inventou a alavanca com trava em 1977, a primeira deste tipo é hoje fabricada por uma empresa de mesmo nome. Esta ponte ganhou popularidade na década de 80 através de guitarristas como Eddie Van HalenJoe Satriani, Steve Vai entre outros.

Mr. Floyd D. Rose com sua Kramer

Breve histórico

Floyd D. Rose começou a trabalhar no que viria a se tornar a Floyd Rose tremolo em 1976. Ele tocava numa banda de rock da época (inspirados em Hendrix e Deep Purple). A profissão de rose até aquele momento era joalheiro, então usou suas ferramentas para criar uma porca de bronze que travava as cordas no lugar (nut) com 3 grampos em forma de "U"e instalou esta porca em sua fender stratocaster 1957. Mais tarde ele melhorou o projeto usando aço endurecido e redesenhou a ponte.

As primeiras pontes e nuts eram todos feitos a mão por Rose e passaram rapidamente a serem usados por guitarristas da época, talvez mais notavelmente por Eddie Van Halen.

A Primeira patente foi concedida em 1979, e pouco depois, Rose fez um acordo com a Kramer guitars, porque ele não podia manter-se com a demanda de fabricação manual. Os modelos de guitarra da Kramer com floyd rose se tornaram muito popular, o que levou outros fabricantes a fazerem pontes semelhantes, violando a patente.

Na década de 80 foi necessário atualizar o projeto e foi adicionado o conjunto de sintonizadores (micro-afinação) que permitiam afinar a guitarra depois que as cordas estivessem travadas no nut. Mais tarde os modelos patenteados foram licenciados para outros fabricantes usarem.

Princípios

Os princípios básicos da ação de uma ponte flutuante de duplo bloqueio são mostrados na foto abaixo.



(Suas proporções são "exageradas" para demonstrar o efeito)

A posição I ilustra uma ponte Floyd Rose idealmente ajustada. A ponte (laranja) equilibra em um ponto através de pivôs, sendo puxado para a esquerda pela tensão das cordas e no sentido contrario pelas molas. Controlada por meio de parafusos de ajuste especial (roxo), estas duas forças são equilibradas de modo que a superfície da ponte é paralela ao corpo da guitarra. As cordas são hermeticamente travadas com um mecanismo especial no nut (verde), bem como na ponte, portanto, "bloqueio duplo" (double locking).

Posição II ilustra a ponte quando a alavanca é empurrada para baixo, em direção ao corpo da guitarra. A ponte gira em torno de um ponto de pivô para a esquerda e a tensão em cada corda diminui, baixando o tom de cada corda. Enquanto a tensão das cordas diminui, a tensão das molas aumenta. O fato das cordas estarem travadas na ponte e no nut permite que elas retornem afinadas quando a força sobre a alavanca é removida.

Posição III ilustra a ponte quando a alavanca é puxada para cima, para longe do corpo da guitarra. Ao contrario da posição II, a tensão nas cordas aumenta e a tensão nas molas diminui, aumentando o tom de cada corda. O equilíbrio entre cordas e molas faz com que a ponte retorne ao normal quando deixa de ser puxada para cima. Observe que ao usar a alavanca em ambos sentidos (para baixo ou para cima) a distância entre as cordas e o fretboard (escala) é afetada.

Vantagens e desvantagens

A principal vantagem do sistema Floyd Rose é sem dúvida o duplo bloqueio das cordas, que permite que a guitarra se mantenha afinada por mais tempo mesmo em situações de uso "extremo" da alavanca. Por outro lado a quebra de uma corda no meio de uma performance pode tornar-se um transtorno, porque neste caso o equilíbrio de tensão entre as cordas e as molas é interrompido, causando assim a perda da afinação. A mudança de afinação ou calibre de corda, requerem que este sistema seja regulado novamente de acordo com a nova afinação ou calibre desejado.


Outro tema de muita controvérsia é o efeito da ponte no timbre, que para muitos guitarristas, fica "agudo" e "magro" perdendo sustain, o que levou ao desenvolvimento de diversas mudanças no material, rigidez e tamanho da ponte.

Modelos e variações

Floyd Rose Original: É o modelo mais antigo ainda em produção. Desde 1977 a produção permaneceu inalterada, unicamente com mínimas mudanças. As primeiras unidades tinham sistema double locking, mas não apresentavam micro afinação, necessitando destravar o nut cada vez que fosse preciso mexer na afinação. Note que o nome "Floyd Rose Original" é usado para diferenciar este sistema da "Floyd Rose Licensed". Estes modelos são fabricados por diferentes empresas e entre elas podemos destacar a PING e a alemã SCHALLER, esta última considerada a melhor !!! Muitas pessoas se confundem  porque estas marcas também fabricam seus modelos licensed (licenciado) mas de qualidade muito inferior.


Floyd Rose II: É uma versão inferior à Floyd original, usado principalmente em instrumentos de importação e de gama média. Originalmente, a Floyd II eram com travamento único, travando apenas no nut. Versões posteriores foram feitas com bloqueio duplo, mas usou materiais mais fracos do que a Floyd Rose original, tornando-as menos confiáveis.


Floyd Rose Pro: É uma versão Lo Profile (inferior) que a Floyd Rose Original. Foram feitas modificações na ponte buscando com que a mão do guitarrista possa estar mais perto das cordas na hora de acionar a alavanca. A micro-afinação está situada num angulo mais comodo para seu acionamento.


Floyd Rose Special: Trata-se de um modelo "econômico" da Floyd Rose Original. Contestado por muitos pela qualidade inferior dos materiais. Ainda assim "segura" bem a afinação, trazendo assim adeptos, pelo preço reduzido.


Floyd Rose Speed Loader: É um redesenho desenvolvido em 1995-1996 e introduzido em 2003, que combina a Floyd Rose Original com o sistema "SpeedLoader", desenvolvido para superar possíveis desvantagens do modelo Original, mas que necessita de cordas especiais.


Floyd Rose 7 strings: É um redesenho da Floyd Rose Original só que para guitarras de 7 cordas. O desenho e o funcionamento são praticamente iguais. O Nut apresenta 4 parafusos, diferente do modelo de 6 cordas, que apresenta 3 parafusos.



Floyd Rose Licensed: São sistemas fabricados por varias empresas sob licensa Floyd Rose. Estes modelos geralmente seguem o desenho original e sua funcionalidade mas a qualidade dos materiais (não só da ponte mas dos pivôs e Nut) é inferior, o que causa baixa estabilidade na ponte. São utilizadas em guitarras de baixo e médio custo, apresentam o logo do fabricante e a frase "Licensed under Floyd Rose Patents". A Ibanez Pro Tremolo é considerada a melhor variação realizada deste sistema, sendo ainda citada por muitos como superior a Floyd Rose Original...(afirmação que na minha opinião é exagerada). A Ibanez é também  considerada por muitos como a melhor fabricante de Floyd Rose Licensed. Pode-se destacar também a japonesa GOTOH, que fabrica modelos parecidos com os TRS Tremolos e Edge tremolos (excelente qualidade e considerada uma referência no segmento).




Ibanez Edge: É um sistema com double locking tremolo baseado na Floyd Rose Original. A Ibanez como muitos fabricantes de guitarras, compraram licenças para fabricar tremolos Floyd Rose a partir de sua idéia inicial e a primeira aparição na linha Ibanez foi em 1986.


A Ibanez Edge oferece melhorias em relação ao Floyd Rose original:

- Locking studs (para melhorar a estabilidade da afinação),
- Um retentor de mola no bloco da ponte,
- Alavanca pop (mais distanciadas dos carrinhos).

Marcou um enorme sucesso no final dos anos oitenta e continua sendo a escolha de guitarristas como Steve Vai e Joe Satriani. Tom Morello também é conhecido para instalar estas pontes em suas guitarras que não são Ibanez. Existem muitas variações deste modelo da Ibanez:

Lo-Pro Edge (1990)


Double Edge (2000)


Fixed Edge (2002)


Edge Pro (2003)


Edge Pro II (2003)


ZR-(Zero Resistence) (2003)


Edge III (2005)


ZR II (2008)


SynchroniZR (2008)


Edge Zero (2008)


Popularidade

Ao longo do tempo este modelo de ponte trouxe adeptos de "peso". (principalmente guitarristas de rock e fusion) Além de Van Halen, Satriani e Steve Vai que ja foram citados neste post, podemos citar outros ícones como Allan Holdsworth, Greg Howe, Dimebag Darrel, Kiko Loureiro, Kirk Hammet, George Lynch, Tony MacAlpine, Jeff Hanneman, Adrian Smith, Dave Murray, Herman Li entre muitos outros...

Na duvida procure sempre um bom Luthier.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Compressor ?, o que é ? pra que serve ?




Se você como eu, já se perguntou várias vezes para que servia cada controle daquele seu pedal de compressor, nunca entendeu direito como funciona um controle de Attack ou Release, acredito que esse post vai ajudar a esclarecer um pouco os mistérios desse pedal tão útil.





MXR Dyna Comp – Um clássico dos compressores



Os pedais Compressores apareceram como versões menores dos famosos racks de compressão usados em estúdios. A ideia era conseguir o resultado final de um instrumento sendo comprimido no rack também ao vivo, ou até mesmo já gravar o instrumento comprimido, diminuindo assim o trabalho de mixagem e pós produção. Então vamos lá:
1.Pra que serve o meu compressor?


Em linhas gerais, podemos definir o uso do compressor em alguns itens básicos que são os seguintes:

1.1. Nivelar o volume:


Esse, que pode ser considerado o principal uso de um compressor, faz basicamente com que todas as partes tocadas soem com o mesmo volume final. Ou seja, a sua base suave, terá o mesmo volume do solo agressivo que também terá o mesmo volume final daquele dedilhado ultra delicado. Deu pra sacar como acontece?


Esse uso impacta diretamente na dinâmica final, mas enquanto muitos podem pensar que perder a dinâmica é um péssimo resultado, isso acontece ao contrário, pois, em vários estilos é totalmente recomendável que o som final seja linear para não causar surpresas. A música pop atual que o diga.





Ross Compressor e Dyna Comp; Dois clássicos


1.2. Aumentar o Sustain:


Alguns vários compressores disponíveis atualmente no mercado vem com um controle de Sustain separado, no entanto, mesmo os que não apresentam essa função de maneira tão explicita trabalham bem nessa tarefa. Normalmente o controle de saída da uma ajuda nesse sentido. Quando o compressor é usado para aumentar o Sustain, a função descrita anteriormente acontece normalmente, ou seja, o 
volume será nivelado e o som será mantido por um tempo maior antes de começar a cair.

Esse tipo de uso apresenta resultados fantásticos pra quem curte uma guitarra com Slide. O Sustain da uma pegada adicional que casa muito bem nesses casos. Vale muito experimentar.

Um efeito colateral muito comum desse uso é um aumento significativo do ruído no som final do seu set devido à amplificação necessária à manutenção do Sustain até o final.





Compressor Dan Armstrong Orange Squeezer



1.3. Booster


Usar o compressor como um Booster geral do sinal de entrada é uma prática mais comum do que a maioria dos guitarristas imaginam. Devido ao seu circuito ter em si um ou alguns amplificadores internos essa qualidade é inerente à grande maioria dos Compressores disponíveis no mercado. Em praticamente todos eles você terá um controle de saída ou de volume e é ai que você deve explorar essa função.


Dependendo da capacidade de amplificação do seu compressor você pode até saturar um pouco a entrada do seu amplificador valvulado.

2. Controles: Attack


Dentre os controles mais comuns entre os compressores está o controle de Attack, ou como é chamado em alguns casos Sensibility.


Esse controle basicamente diz ao seu compressor em que nível de sinal ele deve começar a comprimir, ou seja, a nivelar o seu som. O attack diz o quão cedo a compressão começará a atuar, ou seja, quanto mais aberto estiver o seu controle de Attack, mais rápido o seu pedal começará a comprimir o seu som.

3. Controles: Sustain


Como descrito acima, esse controle vai manter o seu sinal comprimido “vivo” por mais tempo. Enquanto o controle de Attack determina quando o compressor começa a trabalhar, o controle de Sustain determina por quanto tempo esse mesmo compressor fará o seu trabalho. Simples, não?

Quando um guitarrista planeja usar o compressor como um booster, uma boa estratégia seria zerar o controle de Sustain e abusar do controle de saída.


4. Controles: Tone e Output


Esses dois controles não são nenhuma exclusividade dos Compressores. Extremamente comuns entre vários outros pedais, tem aqui exatamente as mesmas funções com as quais estamos acostumados:
Tone: Controla a tonalidade geral de saída, podendo ir de um timbre bastante agudo até um onde os agudos não estão presentes.
Output: Controla a saída geral do pedal. Normalmente não tem nenhum papel no timbre do pedal, apenas na intensidade do sinal de saída.
Espero ter ajudado.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Músicos e a Hiperidrose Palmar



Antes de começar, gostaria de esclarecer que este post é apenas para fins informativos. Não se destina a substituir os cuidados oportunos e precisos que você pode ter ao consultar o seu dermatologista de confiança (até porque eu sou guitarrista e não médico) !!! Esclarecido este ponto, vou começar por referir que a transpiração excessiva nas mãos (Hiperidrose Palmar) é um dos principais problemas dermatológicos que afetam músicos.


É comum encontrar um colega que se refira ao desconforto constante por ter as mãos molhadas de tanto suor ao tocar um instrumento, resultando em três aspectos principais na hora de tocar:

1-Superfície com pouco atrito causado pelo excesso de água, o que faz com que os dedos não se apóiem ou segurem firmemente as cordas, palheta ou as chaves seletoras de seu instrumento.

2-Danos por excesso de umidade no instrumento, cordas oxidadas prematuramente, a acumulação de detritos nas superfícies de apoio e articulações do instrumento.

3-Amolecimento por maceração da queratina (machucar, mortificar), que juntamente com o ponto 1, dificulta a execução adequada do instrumento.

A esta lista podemos acrescentar uma variedade de situações e eventos, muitos deles embaraçosos (como por exemplo fechar um contrato com um aperto de mão "molhado") e que fazem da Hiperidrose palmar uma das condições dermatológicas mais odiadas pelos músicos.

Mas ... porque suam as mãos?

As glândulas sudoríparas estão normalmente presentes em grandes números na pele das palmas das mãos. A diferença é feita na atividade destas glândulas, e isso é determinado geneticamente. Se você já tem uma pré-disposição genética, é necessário apenas um fator ambiental, seja interno ou externo para servir de "gatilho" para que desencadeie esta condição e infelizmente, existem uma série de "gatilhos".

O principal fator é de origem emocional, causado pelo sistema nervoso, por estimulação das glândulas sudoríparas, com uma substância química chamada acetilcolina. Por causa da complexa coordenação entre o sistema nervoso central e o sistema nervoso autônomo, o resultado é que os diferentes estímulos emocionais sejam capazes de desencadear a produção de suor. Ou seja, se você se assusta, se exalta, se exita ou se estressa, sua nas mãos.

Este último (stress) é um fenômeno interessante que vale a pena ir mais além. Quando alguém com Hiperidrose palmar fica com as mãos suadas por um evento estressante, como um exame, uma gravação ou apresentação, a própria transpiração se soma a outro fator de stress. E o que acontece ? Suas mãos suam mais. O fator calor é de pouca relevância nesta condição, uma vez que os estímulos térmicos não causam a transpiração significativa nestas áreas.

Mitos e equívocos sobre a hiperidrose palmar

Existe uma ideia errada de que existe apenas um tipo de poro na pele, que serve tanto para saída de cebo, suor e do cabelo, bem como a penetração dos fármacos e isso é um equívoco.

A realidade é que existem geralmente dois tipos de poros: Um designado folículo capilar, onde ocorre a produção e secreção dos pelos, cabelos, cebo e um segundo tipo de poros, que é exclusivo para a secreção de suor.

Para ser mais preciso, o poro multifuncional existe. Pode ser encontrado em áreas de cabelo sexual secundário, como axilas e púbis. Este último tipo de saída de poro serve tanto o cabelo, de sebo e de suor de tipo apócrino, que é um suor que é caracterizado por um odor diferente ao que é produzido nas palmas, de tipo écrino.

Bom...vamos regressar às palmas das mãos !

Nas palmas das mãos, normalmente não observamos poros de tipo pilossebáceo, mas sim poros de glândulas écrinas. E aqui é onde nós podemos derrubar outro mito: Utilizar adstringentes para remover o óleo de suas mãos, como detergentes e solventes seria de nenhuma utilidade para diminuir a transpiração. Repito: o poro que nos preocupa não produz óleo, apenas água com sais minerais dissolvidos.

Ao contrário do que se poderia pensar, não se recomenda o uso de sedativos e derivados de beladona, porque eles produzem pouca melhora em comparação com os efeitos adversos.

O que eu posso fazer se a hiperidrose palmar atrapalha minha vida de músico ?

Vou citar algumas das recomendações feitas por dermatologistas.

a) Boa solução: Produtos com sais de alumínio (prescritos por um dermatologista).

b) A solução mais eficaz (e caro): As injeções de toxina botulínica nas mãos. O efeito dura mais ou menos de 4-6 meses. São várias injeções. Isso sim, é muito eficaz. Mas por favor, deve ser realizado por um dermatologista ou arcará com consequências !!! Talvez você só precise injeções nas pontas dos dedos, de modo que fique mais barato e com menos dor (géis e líquidos para anestesiar a pele não funcionam). Se em seguida, você considerar que é necessário em cada mão, pode-se reaplicar e esperar um mês entre as aplicações.

c) Esta opção é para aqueles que realmente não consideram que a hiperidrose seja um problema tão grande, mas gostariam de saber algumas medidas que poderiam implementar para tornar mais agradável a execução do instrumento: Comprar palhetas com "antiderrapante" (mais ásperas) , usar cordas Elixir, usar guitarra com braço de maple envernizado e com trastes de aço inoxidável, uma pequena toalha para secar as mãos e pescoço entre uma música e outra. Também pode ser útil passar talco com óxido de zinco (polvilho antisséptico Granado é uma boa opção) nas mãos.

Talvez "extrapolando" um pouco, pode ser aconselhável a utilização de um antitranspirante comercial (produto com sais de alumínio). Utiliza-se muito pouco e aplicado uma ou duas vezes por semana, de preferência após a última lavagem das mãos ao dia (não antes de começar a tocar). O problema é que não é tão eficaz e você corre risco de desenvolver uma dermatite de contato.

Só para constar, existe ainda uma técnica cirúrgica que corta os nervos que levam a estimulação nervosa para as mãos. É uma cirurgia no tórax conhecida como simpatectomia, com grandes riscos (pelo que pesquisei), que acredito ser para casos extremos e que não vem ao caso à nós guitarristas !!!

Para encerrar gostaria de colocar que Angus Young (ACDC) termina seus shows completamente molhado e mesmo assim suas guitarras duram por mais de 10 anos !!! O importante é desfrutar e se preocupar mais em tocar e menos com outros fatores !!!

Espero ter ajudado...


sábado, 21 de novembro de 2015

Quase tudo que você queria saber sobre ENCORDOAMENTOS, mas tinha vergonha de perguntar



Como escolher as cordas certas para sua guitarra (Calibres, materiais e tipos de construção)
As cordas da guitarra tem um grande impacto sobre o seu som e tocabilidade. Você já deve ter visto que há uma enorme variedade de modelos no mercado e por isso há muita coisa a ser considerada antes de escolher as cordas certas para cada situação. A seguir darei dicas para ajudar na escolha das cordas que melhor combinam com sua guitarra, gênero musical e maneira de tocar.


Calibres (Gauge)

As cordas são fabricadas em uma variedade de espessuras e calibres. Estes indicadores são designados em milésimos de polegada. O Calibre das cordas tem uma grande influência na tocabilidade e no som.

Cordas de calibre leve: (Light Gauge)

- São geralmente mais fáceis de tocar.
- Permitem execução mais fácil de bends.
- Quebram mais facilmente.
- Produzem menos volume e sustain.
- São propensas a causar ruído no traste, principalmente em guitarras com ação baixa.
- Exercem menos tensão no braço da guitarra.

Cordas de calibre pesado: (Heavy Gauge)

- São geralmente mais difíceis de tocar.
- Exigem maior pressão dos dedos nos trastes na hora de executar bends.
- Produzem maior volume e sustain.
- São preferidas para afinações baixas.
- Exercem maior tensão no braço da guitarra.


Denominações de calibres

A maioria dos fabricantes de cordas identificam o calibre de cordas em um jogo de cordas usando termos como "extra light" ou "heavy". Os calibres exatos podem variar ligeiramente entre os fabricantes. Veremos a seguir os intervalos típicos de calibre em um jogo de cordas. ( exemplos ) :

"Extra super light": .008 .010 .015 .021 .030 .038

"Super light": .009 .011 .016 .024 .032 .042

"Light": .010 .013 .017 .026 .036 .046

"Medium": .011 .015 .018 .026 .036 .050

"Heavy": .012 .016 .020 .032 .042 .054

Jogos de cordas são identificados pelo calibre da corda E (mi) mais fina (mizinha), por exemplo, um jogo de cordas "Light" é identificado como 0.10 (referido por nós guitarristas como "zero dez").



O que levar em conta na hora de comprar um jogo de cordas

Os fatores mais importantes a serem considerados na hora de comprar um jogo de cordas para guitarra são:

- Maneira de tocar

- Gênero musical

- Timbre a ser alcançado

- Quantas horas você toca por dia (durabilidade).

- Calibre das cordas

- Materiais usados na construção das cordas

- Revestimento e método de fabricação das cordas

- Calibres; tocabilidade e características

Como foi dito acima, as cordas mais leves são mais fáceis de tocar. Se você é um guitarrista que toca solos muito rápidos usando afinação "Standard" provavelmente vai querer usar calibres mais leves, mas se toca metal com afinações baixas, calibres mais pesados serão necessários.


Guitarristas de Classic Rock e Blues preferem calibres médios, que combinam razoavelmente conforto, sustain e som encorpado. Guitarristas de jazz normalmente usam cordas flatwound (lisas) de calibre pesado, uma vez que normalmente não utilizam bends e precisam um amplo sustain.


A maioria das guitarras novas vêm de fábrica com calíbres de cordas "super light" ou "light", o que é ideal para guitarristas iniciantes, até que possa desenvolver as habilidades e força nos dedos para poder (se necessário) utilizar cordas mais pesadas. Muitos fabricantes de guitarra fazem recomendações específicas sobre o tipo de cordas a serem usadas em determinados modelos e alguns produzem suas próprias cordas com as suas especificações.

A chave para encontrar o calibre que funciona melhor para o seu estilo de tocar é experimentar. Experimente vários calibres, marcas e composições de cordas para encontrar aquele que melhor se adapte aos seus dedos e são mais agradáveis aos seus ouvidos.

As diferenças entre os vários tipos de cordas podem ser muito sutis, mas estas diferenças podem te levar a encontrar sua própria assinatura sonora. Tenha em mente que a mudança de calibres de pode exigir ajustes na guitarra, sendo necessário a ajuda de um profissional (luthier).

Durabilidade das cordas

Outro fator a ser considerado é a frequência com que você toca. Se você é um guitarrista ocasional que toca apenas algumas vezes por mês e tem uma "pegada" mais leve, pode utilizar cordas mais baratas. Por outro lado, se você é como eu e não larga da guitarra, vale a pena investir em uma corda de maior durabilidade e consequentemente mais cara, mas isto não é uma regra. Muitos fabricantes avaliam suas cordas de acordo com a durabilidade. Cleartone e Elixir são cordas que utilizam componentes especiais para maior durabilidade.



Materiais usados na construção das cordas

Todas as cordas de guitarra são feitas com aço, níquel ou outras ligas metálicas magneticamente condutoras, uma vez que são essenciais para a transmissão de vibrações das cordas para os captadores. O tipo de revestimento aplicado à liga de aço tem um impacto significativo sobre o som das cordas. Veremos a seguir algumas características gerais dos principais tipos de cordas.



Aço niquelado (Nickel plated steel): brilho, "tom quente" e equilibrado, com mais ataque.

As cordas com banho em níquel são provavelmente o tipo de cordas mais comuns no mercado, principalmente para guitarras. O enrolamento nas cordas mais grossas é feito de aço niquelado.

O núcleo de aço dos bordões são ótimos para os captadores eletromagnéticos funcionarem perfeitamente, enquanto a niquelado do enrolamento das mesmas ajuda a equilibrar o som brilhante do núcleo de aço.

O níquel do enrolamento também enrolamento ajuda a corda proteger contra a corrosão. Como o níquel é um pouco “mole” do que o aço cordas com este tipo de acabamento previnem um pouco o desgaste dos trastes em comparação a cordas de aço inoxidável.
- Níquel puro (Pure nickel): Menos brilhante do que o aço niquelado, mas estamos falando das cordas de níquel puro, as mesmas são mais macias e tem som mais quente quando comparadas com as de aço inox ou cordas com enrolamento niquelado.

São um ótimo tipo para quem vai tocar blues, jazz ou rock clássico. Este tipo de corda também sai na frente quando se fala em captação, pois o níquel é um metal muito bom para tal.
Aço inoxidável (Stainless steel): Brilho nítido, com sustain e resistência à corrosão. Menos propenso a ruídos dos dedos.

Elas também duram muito mais tempos não ficam escurecidas devido a capacidade inerente do aço inoxidável ​​de resistir à corrosão.

Usando jogos produzidos com enrolamento em aço inox você vai ter um “feel” um pouco diferente do que outras cordas elétricas. Alguns músicos sentem um pouco de aspereza na cordas.

O aço inoxidável é um metal muito duro e por conta disto este tipo de corda pode gastar seus trastes mais rápido do que cordas de níquel, mas se você quiser um som brilhante este é o caminho certo.
Cromada (Chrome): "Tom quente", com menos ressonância e frequentemente escolhida pelos guitarristas de jazz e blues.

Titânio (Titanium): Tom bastante brilhante, com excelente resistência.

Cobalto (Cobalt): Ampla dinâmica com brilho notável e boa resposta do captador.

Revestidas ( Coated ) : Cordas revestidas são tratadas com algum tipo de acabamento que impedem que a ela sofra com a oxidação, corrosão ou até mesmo sujeira. Isso vai ajudar a corda a soar como nova e ter aquele aspecto brilhante por um período de tempo mais longo quanto se comparado as cordas sem revestimento.

As que são da família Coated são um pouco mais caras do que suas primas não-revestidas e costumas custar cerca do dobro do preço. Mas se você odeia a trocar as cordas de guitarra vale a pena o dinheiro extra empregado em um jogo coated.

Falando de timbre as cordas revestidas normalmente estas tem um som um pouco mais “apagado” dependendo do tipo de revestimento, mas nada que não de para conviver tranquilamente. Se tratando de pessoas que costuma suar muito os jogos revestidos são a melhor opções e podem ser uma ótima pedida para aqueles que vivem em locais muito úmido ou morar em regiões litorâneas.

Revestido de polímero (Polymer coated): Menos sustain que as cordas não revestidos equivalentes, apresentando boa resistência à corrosão.
Revestimento colorido (Color coated): Alguns revestimentos são coloridos para apelo visual mas pode variar/influenciar na tonalidade.

Bronze : Cordas de violão do tipo bronze normalmente tem som mais brilhante quando se compara a Phosphor Bronze. Normalmente sua colação natural, quando nova é claro, é mais puxada para o dourado, já as cordas de fosforo de bronze tendem a ser meio avermelhadas.

Phosphor Bronze : usada em violões, tem um som um pouco mais quente do que cordas de bronze regulares. Muitos músicos acham este corda melhor para tocar com finger picking.

Phosphor bronze é como bronze regular, mas tem uma pequena quantidade de fósforo adicionado a liga que compõe a corda.
Nylon : Os jogos de corda de nylon, em sua maioria são medida pela tensão em vez da espessura, como os conjuntos de cordas aço. Existem geralmente três níveis de tensão de cordas de nylon: Tensão leve, média e pesada. Mas pode-se encontrar outros tipos de tensão, como a extra pesada.

Cordas de tensão normal, ou leve, são muito fáceis de tocar, mas você pode sentir que quanto tenta tocar mais rápido o fato de a corda ser mais flexível ira te atrapalhar. Já o contrario, quando se usa tensão maior, você poderá tocar com um pouco mais de pegada, e o som que sairá do instrumento pode ser um pouco mais alto, com relação ao volume.



Métodos de construção das cordas (enrolamento)

Cordas mais finas como E, B e G muitas vezes não são enroladas. Já as cordas mais grossas têm um fio enrolado em torno de seus núcleos. O método usado para enrolar as cordas afeta tanto o tom como a tocabilidade.

Roundwound: O método de enrolamento mais popular, de longe, tem uma textura ondulada perceptível, produz mais sustain, ataque, tende a produzir mais ruído dos dedo e desgaste da escala (fretboard).

Halfround: (também chamado groundround): Apresenta textura suave com tom mais "escuro" e menos ataque de que as cordas roundwounds.

Flatwound: Toque muito suave, "tom escuro", menos sensível à dinâmica e bastante popular entre guitarristas de jazz e blues.


Sinais de que é hora de trocar as cordas

As principais características de cordas desgastadas e com sinais de uso são:

- Cordas desafinando mais do que o habitual.
- Ferrugem ou descoloração nas cordas.
- Corda desenrolando e expondo o núcleo.
- Tom soa "morto" (perda de timbre).
- Você não se lembra da última vez que trocou cordas (soa engraçado mas isso pode acontecer hahaha).

Quantas vezes as cordas devem ser trocadas ?

Não há uma resposta certa para isso, mas aqui estão alguns fatores que encurtam a vida útil das cordas.

- Suor excessivo ao tocar, suor ácido (Hiperidrose Palmar)
- Tocar de forma agressiva, com muitos bends.
- Tocar com freqüência.
- Mudar afinações com freqüência.
- Fumar ou tocar em ambientes com fumaça.

Algumas outras dicas valiosas sobre cordas.

- Mantenha um pano limpo no seu case ou bag e limpe as cordas depois de cada sessão para prolongar a vida útil das cordas. ( jamais flanelas, visto que não absorvem a umidade )
- Lave as mãos antes de tocar, pois isso ajuda a evitar a oxidação das cordas.
- Invista em um enrolador de corda; eles são baratos e aceleraram as mudanças de cordas.
- Mantenha a embalagem da corda que usou pela última vez dentro do seu case ou bag para manter o controle do tipo de cordas que você está usando.
- Comprar cordas simples e baratas pode ser uma opção inteligente, especialmente se você utiliza cordas de calibre leves, que tendem a quebrar com mais freqüência.
- Mantenha um jogo de cordas extra e algumas cordas E e B no seu case para mudanças emergenciais, pois você ou um colega podem precisar.

  
Agora, bora fazer barulho pensante ( Música )