PRÉ E POWER,
AS CHAVES PARA ENTENDER O “LOOP DE EFEITOS”
Antes de tentarmos entender melhor o Loop de Efeitos, é importante você
saber exatamente o que é o pré amp e o power.
O Pré-Amp – O estágio da “timbragem”
A função do pré-amp é aumentar a amplitude (o volume mesmo) de um sinal
de áudio, preparando um sinal eletrônico que sai da guitarra para uma posterior
amplificação ou processamento.
Cada pré-amp tem uma sonoridade característica, um timbre, e nesse
sentido você vai encontrar várias diferenças entre cada um deles: limpos x
distorcidos, vintage x modernos, vocação mais grave x vocação mais agudo… e por
aí vai!
As funções principais de um pré-amp (além de aumentar a amplitude do
sinal) são: distorcer (em alguns casos), equalizar e timbrar o sinal vindo da
guitarra.
O Power – O estágio da “pancada”
O power transforma o sinal ainda fraco do pré-amp em um sinal forte o
suficiente para gerar som no alto-falante. Ou seja, o power é o estágio de
potência do amplificador, e quanto mais potente maior será o volume que o amp
pode gerar.
O power também pode distorcer e timbrar, mas em geral faz isso com menos
intensidade do que o pré-amp. Uma curiosidade: as distorções do pré e do
power tem características diferentes. Os guitarristas que curtem uma pegada
mais vintage costumam gostar mais da distorção gerada pelo power, enquanto quem
curte uma pegada mais moderna costuma optar por uma distorção vinda do pré.
ENTRE PRÉ E
POWER, O LOOP DE EFEITOS
Quando falamos de pedais de guitarra, eles podem ser utilizados em dois
estágios diferentes: antes do pré ou entre o pré e o power. Mas para usar o
pedal entre o pré e o power, o seu amplificador tem, necessariamente, que
possuir um loop de efeitos. E essa, por sinal, é a função do loop: permitir
aplicar efeitos depois do pré e antes do power.
Porque isso é tão importante? Ao conectar o
pedal no loop de efeitos (depois do pré), o efeito é aplicado em um sinal já
timbrado, distorcido e equalizado. Alguns efeitos só ficam bons se forem
utilizados assim, e alguns outros efeitos soam diferentes se forem utilizados
direto no input ou no loop de efeitos (vamos falar deles mais pra frente).
O importante é que o loop de efeitos te dá possibilidades!
TIPOS DE
LOOP DE EFEITOS
O loop de efeitos de um amp pode ser completamente diferente do loop de
efeitos de outro, e é importante entender quais as principais características
que criam essas diferenças. Vamos lá!?
Loop de Efeitos Em Série x Paralelo
- Loop de Efeitos Em série: Nesse tipo de loop, o
sinal é integralmente processado pelos efeitos conectados ao loop (se
houver efeitos conectados ao loop) antes de voltar ao power. Isso ocorre
porque o pré-amplificador é totalmente desconectado do power quando há
algum efeito conectado ao loop.
- Loop de Efeitos em Paralelo: Aqui o sinal é
dividido: parte segue para a fase de potência e outra é processada pelos
efeitos conectados ao loop. Resultado disso é mais versatilidade – já que
a divisão do sinal pode trabalhar como um controle de mix.
Loop de Efeitos Ativos x Passivos
- Loop de Efeitos Ativo: Sem perda de sinal.
Esse loop também é chamado de buffered ou buferizado (porque contém um
buffer). O loop ativo casa bem a impedância de saída do pré com a
impedância de entrada do pedal.
Outro ponto interessante é que o loop ativo também recupera as perdas sofridas pelo sinal ao passar por um circuito externo. - Loop de Efeitos Passivo: Pode ocasionar perda
de sinal, principalmente nas frequências mais agudas (acontece mais se
forem ligados muitos pedais no loop). Podem ser problemáticos porque
alguns pedais devolvem um nível de sinal muito abaixo da saída do pré, e
acabam atenuando demais a saída do amp.
Esse tipo não “regenera” o sinal da guitarra, fazendo somente o casamento de impedâncias.
DICAS
PRÁTICAS SOBRE O LOOP DE EFEITOS
Agora vamos ao que realmente interessa: como esse conhecimento pode ser
útil na prática! Quais pedais usar no input? Quais usar no loop? Quais os tipos
de loop? Vamos responder todas essas perguntas.
Loop de efeitos como saída de linha
O loop de efeitos pode ser utilizado como alternativa para saída de
linha (ligando-se o SEND na entrada da interface de áudio ou na mesa de som).
ATENÇÃO: mesmo que seja utilizado dessa forma, a maioria dos
amplificadores valvulados precisa que na sua saída seja ligado um alto-falante
ou uma dummy load.
Loop de efeitos para usar pré de um amp e power de outro
O loop de efeitos permite que o pré-amp seja utilizado com outros powers
(no caso de se desejar mais potência, por exemplo) ou que o power seja
utilizado com outros prés (no caso de se buscar um timbre diferente).
Para fazer isso, basta conectar o SEND do amp que você quer utilizar o pré no RETURN do amp que você quer utilizar o power.
Para fazer isso, basta conectar o SEND do amp que você quer utilizar o pré no RETURN do amp que você quer utilizar o power.
ATENÇÃO: o mesmo dito acima se aplica aqui. Vou até repetir para não ter
erro: mesmo que seja utilizado apenas o pré do amp, a maioria dos
amplificadores valvulados precisa que na sua saída seja ligado um alto-falante
ou uma dummy load.
Pedais no loop x Pedais no input - Quais pedais devem ser conectados no loop? E quais devem ser conectados
no input?
- Pedais que devem ser conectados no Loop de
Efeitos – Principalmente
quando falamos de timbre distorcidos, alguns pedais funcionam melhor
depois das distorções.
Pra dar alguns exemplos: os pedais de delay e reverb quando colocados antes de um amplificador de alto ganho acabam embolando muito o som. Por isso, delay e reverb sempre devem ser ligados no loop.
Já alguns efeitos produzem características diferentes se forem utilizados no loop ou no input. É o caso de: chorus, phaser, flanger e boost. O boost, por exemplo, quando é utilizado em um amp que já esteja com timbre distorcido, gera um aumento da distorção se for utilizado no input e um aumento de volume se for utilizado no loop.
- Pedais que devem ser conectados no Input
– Como
dito acima, alguns pedais
Existem ainda alguns pedais que devem ser ligados no input: distortion, overdrive, fuzz, compressor, wah wah, afinador e noise gate.
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