terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Motivação, NÃO é isso que você precisa!



Esqueça  a motivação, o que você precisa é disciplina

Para fazer qualquer coisa, há basicamente duas formas de se colocar numa situação em que aquilo efetivamente vai ser feito.
A primeira opção, mais popular e devastadoramente errônea, é tentar se “automotivar”.
A segunda, uma escolha um tanto impopular e completamente correta, é “cultivar a disciplina”.
Trata-se de uma daquelas situações onde adotar uma perspectiva diversa redunda em resultados superiores imediatamente. Poucos usos do termo “mudança de paradigma” são realmente legítimos, mas aqui temos um deles. É como acender a lâmpada em cima da cabeça.

Qual é a diferença?

A motivação, falando de modo geral, opera sob a presunção errônea de que é necessário um estado mental ou emocional particular para que uma tarefa seja realizada.

Isso está completamente invertido.

A disciplina, em vez disso, separa o funcionamento externo dos sentimentos e mudanças de humor, e assim ironicamente, ao melhorar as emoções de modo consistente, evita o problema.

As implicações disso são enormes.
Levar as tarefas a cabo efetivamente causa os estados interiores que procrastinadores crônicos acreditam que precisam para iniciar as tarefas em primeiro lugar.

Colocando de forma mais simples: Não se deve esperar até se sentir bem para começar a estudar ou praticar um instrumento. Mas ao contrário, estuda-se e pratica-se para se sentir bem.

Quando a ação se condiciona pelas emoções, esperar um estado de humor ideal se torna uma forma particularmente insidiosa de procrastinação. Conheço isso muito bem, e gostaria que alguém tivesse me apontado isso vinte, quinze ou dez anos antes de eu acabar aprendendo a diferença ralando na vida.
Quem espera até ter vontade de fazer as coisas para fazê-las, está ferrado! É exatamente disso que surge o temido círculo vicioso de procrastinação.


O ciclo da procrastinação
Mais tarde eu faço! -> Droga, não tô fazendo nada. -> Talvez eu deva considerar começar essa tarefa... -> ... mas não estou disposto o suficiente para fazê-la bem. (repete)

A essência de correr atrás da motivação é a insistência na fantasia infantil de que só devemos fazer as coisas que estamos a fim de fazer. O problema então se coloca da seguinte forma: “Como eu chego ao ponto de estar a fim de fazer o que eu racionalmente decidi fazer?” Isso é ruim demais.

A pergunta certa seria “Como deixo meu humor de lado e faço as coisas que conscientemente quero fazer, sem frescura?”

O ponto é cortar a ligação entre os sentimentos e as ações, e fazer a coisa de qualquer jeito. Você vai se sentir bem, energético e excitado depois de agir.
A motivação inverte tudo isso. Estou 100% convencido de que esta perspectiva defeituosa é o principal motor da epidemia de “sentar de cuecas jogando videogame...” que atualmente ataca os países desenvolvidos.

Também há problemas psicológicos na dependência da motivação.
A vida e o mundo reais algumas vezes exigem que se faça coisas com que ninguém em sã consciência conseguiria se entusiasmar, e assim a “motivação” se depara com o obstáculo insuperável de tentar produzir entusiasmo por aquilo que objetivamente jamais o mereceria. Fora a preguiça, a única solução é acabar com a sanidade das pessoas. Esse é um dilema horrível, e felizmente falacioso.

Tentar martelar o entusiasmo por atividades fundamentalmente chatas e miseráveis é literalmente uma forma de automutilação psicológica deliberada, uma insanidade voluntária, tipo:
- Gosto tanto desse exercício que mal posso esperar para praticar”.
- Gosto tanto dessa música que mal posso esperar para estuda-la”.
Palavras positivas e pensamento positivo não mudam ou param nem uma dor de barriga, não é isso que vai te impulsionar.

Não considero episódios autoinfligidos de hipomania os melhores impulsionadores da atividade humana. É inevitável que ocorra algum tipo de compensação tímica com episódios de depressão, uma vez que o cérebro humano não tolera o abuso por tempo indeterminado. Estão presentes travas e válvulas de segurança. Ocorrem ressacas hormonais.

A pior coisa que pode acontecer é ser bem sucedido na coisa errada – temporariamente. Um cenário muito superior é reter a sanidade, o que infelizmente tende a ser confundido com fracasso moral:
“Eu ainda não amo meu trabalho fútil de ficar tirando musicas, devo estar fazendo algo errado.”
“Ainda prefiro tocar Rock, e não Jazz, não entra na minha cabeça, talvez eu seja burro mesmo.”
“Eu devia comprar outro livro sobre teoria pra me motivar.”
“Quando eu comprar aquele pedal X, guitarra Y, e o amplificador Z, ai sim vou me sentir empenhado a estudar...”

Besteira pura!!!! O erro crucial aqui é encarar essas questões em termos de presença ou ausência de motivação. A resposta é a disciplina, não a motivação.
Há outro problema prático com a motivação. Tem validade restrita, precisa ser constantemente revigorada.

A motivação é como dar corda manualmente numa manivela pesada para através disso obter uma grande força instantânea. No melhor dos casos, ela armazena e converte a energia para uma finalidade particular. Há situações onde ela é a atitude correta, exceções em que ficar superanimado e armazenar um montão de energia mental de antemão é o melhor a fazer. Corridas olímpicas ou fugas de prisões seriam casos assim. Mas fora esses casos limítrofes, ela é uma base terrível para o funcionamento regular cotidiano, e para qualquer coisa que exija resultados consistentes em longo prazo.

Em contraste a isso, a disciplina é como uma máquina que uma vez colocada em funcionamento, na verdade passa a fornecer energia ao sistema.
A produtividade não exige nenhum estado mental. Para resultados consistentes em longo prazo, a disciplina supera em muito a motivação, de fato a disciplina acaba correndo ao redor, humilhando a motivação.

Em resumo, a motivação é tentar encontrar aquela vontade de fazer as coisas. Disciplina é fazer mesmo se não se tem vontade. Você se sente bem depois.

A disciplina, enfim, é um sistema que funciona, já a motivação é semelhante aos objetivos em si. Há uma simetria. A disciplina mais ou menos se autoperpetua e é constante, já a motivação é uma coisa meio aos solavancos.

Como se cultiva disciplina? Construindo hábitos – começando com coisas bem pequenas, com que se consegue lidar, comece com coisas mínimas, e assim ganhando impulso, reinveste-se nela em mudanças cada vez maiores na rotina, dessa forma construindo um círculo virtuoso de retroalimentação positiva.

A motivação é uma atitude contraproducente. O que conta é a disciplina.

Agora deixa de moleza, seu instrumento lhe espera.

#DeNada


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Como assim pensamento positivo?


Existem dias que nos sentimos bem e capazes de tocar muitas coisas na guitarra de forma fluente, mas alguns outros temos sensação de que você é não tocamos porcaria nenhuma. Todo músico nós já teve essa sensação.
Quando você sentir que bateu em uma parede e que não está evoluindo, não basta pensar positivo, tenha uma "atitude positiva" só pensar não resolve. Muito menos, espere alguma motivação, o que nos muda é a disciplina e não a motivação.
Na motivação você se sente bem para estudar e praticar, na disciplina. você faz isso e se sente bem depois.
Nunca sinta um problema musical como um problema pessoal, mas sim como um oportunidade de aprender algo novo.
Mas, se ainda continua insistindo que pensamento positivo muda alguma coisa, quando tiver uma diarreia, pense positivo e depois me conta se parou.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Simplifique as coisas...


Hoje o assunto é Simplificar as coisas! Não sei vocês. Mas diante de tantos compromissos que tenho se eu não for prático, objetivo e simples no que eu tenho que fazer estarei lascado! (rs)
Digo isso principalmente em relação a timbres e equipamento de guitarra!
Claro! Nós devemos sempre estar atentos aos equipamentos, aos lançamentos, sempre aprimorando nossas sonoridades! Mas por um outro lado devemos ser simples!
Demorou um bom tempo para que eu desencanasse da complexidade das coisas, não que demorou na verdade. Simplesmente não havia mais tempo hábil para pensar em coisas que estão em segundo ou terceiro plano!

Não sei vocês, as vezes quando me sobra um tempo eu vasculho alguns grupos de guitarristas no facebook ou , para ver como anda a idéia da galera no geral!

Na verdade quando entro em qualquer grupo de facebook ou no zap, parece que eu estou entrando na mais alta classe acadêmica da música! Como as pessoas e"entendem" de guitarra e equipamento nesses grupos, não sei o que estão fazendo presos na internet, tanto "conhecimento" assim deveriam estar nos mais aclamados palcos desse mundo, mas enfim.O pessoal defende com tanta convicção suas opiniões que chegam até a ser mal educados e rudes com a pessoas, o pior é quando o cara não sabe nem o que está falando!

Fico até pensando.... Enquanto essa galera está perdendo tempo comentando e ofendendo os outros em redes sociais, poderiam estar pesquisando fontes mais confiáveis de informações sobre equipamento e timbre!

Eu já fui desses caras que se preocupava com a interação do captador "X" com a madeira "Y" o pedal tal, a ordem "X" dos pedais, agudos, médios, graves, equalizadores de frequência, loop de efeitos. Já estive muito atento a tudo isso, até perceber que isso mudava meu som de maneira irrisória!

Não que eu esteja aqui dizendo que temos que ligar qualquer tipo de equipamento sem nenhum tipo de critério e sair tocando por aí!

Há de ter um balanço entre as necessidades e o bom senso! Eu pesquiso, estudo e invisto .

Eu acho importante o conhecimento e sempre o aprimoramento do mesmo! Mas eu não encano mais com certas coisas que não fazem uma diferença crucial no meu timbre! Me preocupo em investir nos melhores equipos que posso e estar sempre estudando meu instrumento!

Acho que se a gente fica muito atento em certos detalhes que por fim não definem o resultado do seu timbre acabamos por perder outras coisas mais importantes... como a estrutura e o condicionamento geral desse timbre e também a execução das músicas que está acima de toda e qualquer prioridade!

Claro... Se eu tivesse uma equipe de técnicos trabalhando no meu timbre eu pensaria diferente... mas como sou eu que conduzo tudo isso chegou em um momento que eu tive que pensar simples! Embora eu use bastante pedais, rack e amps valvulado.., enfim, tive que achar um meio de pensar simples e entender de certas encanações não são os diferenciais no seu timbre e sim o seu conhecimento, as referências de timbre que você quer chegar, o investimento nos equipamentos e como você organiza tudo isso!

Concluindo, digo novamente: PESQUISE, ESTUDE E INVISTA! Mas dentro das suas necessidades.
Faça algumas  perguntas  a si mesmo (ética): Eu quero? Eu preciso? Eu posso ... Ou será que só quero impressionar o vizinho?


#DeNada