terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Momentos INUSITADOS de um grupo de louvor



Não há um grupo de louvor que não tenha histórias para contar, aqui estão algumas das mais comuns entre companheiros de música com quem já conversei.
1.      A guitarra nunca está suficientemente afinada.
2.      O guitarrista está com a cifra na sua frente, ele sabe ler cifra, no ensaio ele toca a cifra todinha… mas na hora do louvor ele esquece que a cifra existe.
3.      Todo mundo ensaia no volume certo e aumenta na hora em que começa o louvor.
4.      Enquanto o guitarrista afina a guitarra, o baterista está batucando sem parar.
5.      back nunca se ouve no retorno.
6.      O baixista nunca se ouve no retorno.
7.      A banda toda só ouve o baixista no retorno.
8.      A congregação nunca bate palma no tempo certo (“1 – Palma! – 3 – Palma!” Não deveria ser tão difícil assim…)
9.      Há (pelo menos) uma menina no back que acha que canta igual à Ana Paula Valadão.
10. Toda mesa de som tem um canal do back com o volume mais baixo que os outros. (As razões para isso são diversas)
11. Enquanto o operador da mesa passa os retornos, o baterista está batucando sem parar.
12. Todo guitarrista insiste que entre Dó (C) e Mi (E) existem umas quinze notas que dá para enfiar no meio.
13. Não importa o quanto a banda ensaie tudo certinho, o pastor vai entrar fora de hora e / ou errar o tom.
14. Pastor mandou só a igreja na hora do refrão? Ninguém avisou o baterista.
15. Não importa o quanto o caderno / pasta de cifras seja organizado em ordem alfabética lindamente, depois do culto elas vão todas parar numa pilha. Fora de ordem. Ao lado da pasta.
16. Enquanto o dirigente está escolhendo as músicas, o baterista está batucando sem parar.
17. Uma dos membros da banda (se não todos) é o filho do pastor.
18. O baixista ainda não está se ouvindo direito.
19. O pastor está doido para colocar uma bateria eletrônica na igreja.
20. Vamos cantar aquela música do CD? Ok, mas desce dois tons.
21. Não importa o quanto ela peça para aumentar o volume, o microfone daquela irmã querida do back só vai funcionar quando ela começar a cantar para valer.
22. Nunca há pratos o suficiente na bateria, e o pastor vai saber disso.
23. O cara do violão toca toda música com a mesma levada, só muda a velocidade (chá-com-pão, xinguilingue… o que seja…)
24. Enquanto o tecladista escolhe o timbre no teclado durante o ensaio quando acabou a música, o baterista está batucando sem parar.
25. O pastor vai descobrir (na terça-feira) que a caixa da guitarra ficou ligada (desde o culto de domingo).
26. O computador vai pifar na hora da gravação da mensagem.
27. O rapaz da mesa de som esqueceu de colocar para gravar a mensagem e perdeu-se a leitura bíblica no começo.
28. O dirigente de louvor mandou uma “glória a Deus” ou “só as vozes” porque:
a.      A voz falhou
b.      Ele esqueceu a letra
29. Você já participou de uma banda, escolheu um nome legal, planejou sua carreira musical, chegou até a se apresentar uma ou outra vez… mas aí veio a época do vestibular e nunca mais se tocou no assunto.
30. Entre uma música e outra, o guitarrista vai tirar o seu som e ficar fritando enquanto o pastor ora.
31. Adivinha o que o baterista está fazendo neste momento?
32. A banda ensaiou dez músicas, mas na hora do louvor o pastor canta três delas e puxa mais quatro que ninguém sabe tocar.
33. Sabe aquela música que o pastor cantava na infância que ele lembrou no meio da mensagem e pediu para cantar no final do culto? Não conheço. Aliás, ninguém conhece. Exceto o grupo das senhoras que senta na segunda fila.
34. Não precisam bater palmas depois de TODA música, de verdade, não tem problema.
35. Até que dê microfonia, o back vai sempre pedir para aumentar o retorno.
36. Tem uma irmãozinho na congregação que canta tão alto e fora do tom que já te fez errar. (Mas ele é querido demais e ninguém tem coragem de falar)
37. Vocês ensaiaram tudo certinho e estava tudo certo para ser o melhor louvor do ano, daí na segunda música acaba a bateria do microfone sem-fio, arrebenta a corda da guitarra, o ventilador joga a cifra para longe, a baqueta cai no chão…
38. Sabe aquela virada que o baterista nunca acerta no ensaio? Então, ele vai tentar fazer no meio do refrão.
39. Sabe aquela música rápida pra caramba que está todo mundo tocando numa velocidade ultra máster e de repente termina? Pois é, o baterista não terminou.
40. Todo mundo ensaiou a frase direitinho e ficou perfeita durante o ensaio… e na hora do louvor todos esquecem dela.
41. Sabe qual é a melhor hora para se afinar a guitarra? Durante a oração inicial. (Pelo menos segundo o guitarrista, né?)
42. O pastor vai sempre fazer um sinal para a banda que ninguém vai entender.
43. Para o bom músico, um dedinho apontando para cima ou dois toques na cabeça basta.
44. Queríamos subir o tom, mas o tecladista está de olho fechado.
45. Todos têm uma semana pra tirar a música nova. Uma tirou a música, a outra não recebeu o e-mail, dois “deram uma ouvida em casa” e o guitarrista falou “Tocae que eu vou pegando.”
46. Acabou o culto e todo mundo já está indo embora… e o baterista está batucando sem parar
Se souber mais alguma pérola, deixe nos comentários







segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Quem cuida de som nas igrejas não é SONOPLASTA!



Quem cuida de som nas igrejas não é "sonoplasta"!
"O termo SONOPLASTA, de SONOPLASTIA, não é ideal para dar nome ao INFELIZ que fica em uma mesa de som. Sonoplasta é aquele cara que põe efeitos sonoros em teatro,  filmes, programas de tv, etc. Acho que o melhor termo a ser usado é Operador de Áudio".
A melhor definição de sonoplasta seria "artista plástico do áudio", e ele faz exatamente o que você falou.
Existe muita dúvida sobre qual o nome para definir quem opera o sistema de som. Nas igrejas, chamam de tudo: "sonoplasta", "peazeiro", "operador de áudio", "mesário", "técnico de som", "menino do som", e por aí vai.
Então, para esclarecer, vamos definir cada uma, até encontrar o melhor termo.
– "sonoplasta" deve ser usado para quem trabalha com áudio de teatro, cinema ou televisão, editando as trilhas sonoras de filmes ou programas, inserindo efeitos especiais, etc;
– "operador de som", "operador de sonorização" ou "operador de áudio" para quem trabalha cuidando da operação de um sistema de equipamentos de som, inclusive nas igrejas. Esse é o melhor termo.
– "técnico de som", "técnico de sonorização" ou "técnico de áudio" para quem, além de trabalhar cuidando de sistemas de sonorização, também faz manutenções nesse sistema (soldas, conserto de equipamentos, pequenos projetos, etc). Muitas vezes é usado como sinônimo de "Operador", mas na verdade o técnico faz mais que o operador.
– "peazeiro" é o nome popular para o operador/técnico de som que trabalha com grandes sistemas de áudio, grandes eventos. É um termo mais adequado para profissionais, para quem ganha dinheiro com isso. 
– "mesário" é quem cuida de mesa. É um termo usado apenas para os chefes das seções eleitorais (época de votação). Quem cuida de uma seção eleitoral são os mesários, cuidam das mesas de votação.  Não deve ser usado para áudio.
– "menino do som". A explicação é óbvia, mas até que eu, do alto dos meus 33 anos, barrigudo e perdendo muito cabelo, não me importo de ser chamado assim.
É melhor para todos passar a usar os termos corretos, principalmente para não pagar mico diante de profissionais, em cursos ou em lojas. E pelo amor de Deus, não vá me falar que é Levita.
Mas a melhor definição mesmo é: 
"o infeliz que fica em uma mesa de som", só sabe o que estou falando quem fica por lá no sofrimento segurando a onda de quem "se acha" artista (levita na pior das hipóteses), e que em sua grande maioria além serem relaxados,não estudarem, ainda não entenderam o que estão fazendo no grupo de louvor, qual o motivo, qual o centro. Pois o que se mais vê é gente preocupada apenas com o "umbigo" e a aparência, Cristo que deveria ser o centro fica de espectador.

"E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens,..." Colossenses 3:23

#DeNada

Ação das Cordas versus Sustain




Muita gente ao levar o instrumento para regulagem em um Luthier geralmente diz o seguinte:
- "Abaixe as cordas o máximo possível!"
Mas o que poucos sabem é que quanto mais próximas as cordas, menor o "sustain".

Como assim?
Imaginemos uma corda solta, isoladamente. Quando a corda é ferida, ela exibe uma vibração natural na frequência da nota correspondente a ela e em uma amplitude equivalente à força que gerou a vibração, isto é, à força da “palhetada”. Via de regra, quanto maior essa força, maior a amplitude de vibração.


Imaginemos uma corda solta, isoladamente. Quando a corda é ferida, ela exibe uma vibração natural na frequência da nota correspondente a ela e em uma amplitude equivalente à força que gerou a vibração, isto é, à força da “palhetada”. Via de regra, quanto maior essa força, maior a amplitude de vibração.


Em um braço de um instrumento com as cordas normalmente instaladas a uma altura confortável, porém não tão baixa, teremos a seguinte situação quando a corda é ferida: o ângulo entre a corda e o braço do instrumento é suficiente para manter separada a corda vibrante do próximo traste.





Nesta situação, a corda vibra naturalmente sem colidir fisicamente com nenhum obstáculo, e para de vibrar apenas pela atenuação natural da vibração.

Porém, em instrumentos com ação de cordas baixa temos uma situação onde, mesmo com trastes perfeitamente alinhados, o angulo formado entre a corda e o braço é muito pequeno, não sendo suficiente para evitar o contato da corda vibrante com o traste seguinte. Como consequência, as cordas batem nos trastes seguintes à nota pela sua vibração natural:





Este “trastejamento natural” acaba por gerar às vezes, um som indesejável (“pec pec”) e reduz o tempo de vibração das cordas, mais conhecido como sustain.


Desta forma, em um instrumento convencional, quando as cordas encontram-se muito próximas dos trastes, deve-se arcar com o ônus da redução do sustain do instrumento e com um ruído indesejável, mesmo que os trastes estejam perfeitamente alinhados. Por isso, normalmente, os músicos que gostam de cordas bem baixas, utilizam efeitos de distorção, compressores, drive, etc, que acabam por aumentar artificialmente o sustain do instrumento. Aqui cabe muito bem a frase de um de meus mestres de Luthieria: 
"Não existe instrumento de cordas baixas que não "trasteje" quando desplugado"


Dúvidas Comuns

Eu gosto de cordas baixas! Como melhoro o sustain e reduzo o som resultante da colisão com os trastes?

Como eu disse anteriormente, a amplitude de vibração depende de alguns fatores como:


1 – a força que é aplicada sobre as cordas – quanto mais “leve” a mão do guitarrista, menor a amplitude de vibração e, consequentemente, menor a probabilidade de a corda colidir com os trastes.

2 – a espessura das cordas – encordoamentos mais grossos são mais resistentes e, portanto, vibram em menor amplitude quanto tocados pelo mesmo guitarrista.


3 – o material do qual são feitas as cordas – Há uma grande variedade de marcas de encordoamentos, sendo que cada uma apresenta uma liga metálica diferente, ou um tratamento anti-corrosão diferente. Desta forma, cada marca e modelo de encordoamento terá uma resistência diferente dos demais. Encordoamentos mais “duros” exibirão o maior sustain em instrumentos com cordas baixas.


De uma forma resumida, o músico deve escolher entre o maior sustain, com cordas não tão baixas, e o maior conforto e velocidade, com cordas bem baixas, mas é claro, é possível dosar ambos para chegar na melhor conformação possível para cada músico.


Dica para regulagem

Como já comentei no inicio do post a ação de cordas mais requisitada é a mais baixa possível. Mas é importante salientar que 3 pontos principais determinarão o quanto será possível diminuir a ação das cordas:

1- A pegada do músico: Quanto mais baixas as cordas, mais leve deverá ser a pegada do músico. Palhetadas agressivas obrigam o aumento da ação das cordas.

2- O raio da escala do instrumento ajuda a determinar essa ação de cordas. Se o raio for menor que 12 polegadas, será difícil conseguir cordas baixas, pois os bends, principalmente a partir da casa 12, certamente trastejarão.
3- Calibre de cordas: O calibre determina a tensão. Quanto maior essa tensão, menos espaço a corda precisará para vibrar, permitindo diminuir a ação.
A combinação destes 3 itens determinará a ação de cordas perfeita para o músico, seja ele guitarrista, baixista ou violonista.
Medir a ação de cordas é uma questão de referência. Uma das maneiras e averiguar a distância entre as bases das cordas e o topo do traste 12.
Algumas medidas para simples referência:
Les Paul - Entre 1,00mm e 1,5mm
Strato - Entre 1,2mm e 1,6mm
Tele - Entre 1,4mm e 2,mm
Ibanez e cia - Entre 0,8mm e 1,3m
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