quinta-feira, 7 de abril de 2016

Aspectos do Estudo Musical


Se já estudou um instrumento musical antes, pode ser que se tenha focado na leitura da música, tocar o instrumento e aprendido um pouco de teoria musical, como escalas musicais. Talvez até tenha aprendido teoria musical na escola. A maioria das pessoas param no lado físico de tocar um instrumento e não avançam daí. O lado técnico é importante, mas a música não é apenas um ato físico, é também mental. Você está a representar uma emoção. Apenas aprendendo o lado físico você estará a perder talvez a parte mais importante. Você pode tocar o instrumento, mas sabe porque está a tocar o que está a tocar, ou está apenas a mover os seus dedos? Você sabe o sentimento que está a transmitir enquanto toca? Conhece múltiplas formas de representar a mesma ideia?
O culpa não é do aluno. O problema está no professor por colocar toda a ênfase no lado técnico da música. Estudantes iniciantes, intermédios e avançados não conseguem ver tudo o que têm de dominar. É responsabilidade do professor ajudá-los corretamente. Neste artigo, vamos olhar para todos os aspetos da música que tem de estudar para alcançar a mestria musical.
O lado técnico
Uma parte que as pessoas estão familiarizadas mas surpreendentemente continuam a negligenciar. Ken Tamplib, um professor de canto diz:
“O seu lado técnico como músico pode ser comparado a um artista e o número de cores que tem para trabalhar. Quantas mais cores o artista tem para trabalhar, maior variedade e maior expressão consegue alcançar. Se apenas tiver três cores, só pode pintar dessa forma. Podemos comparar um músico e o seu nível técnico desta forma. Quanto maior o nível técnico, maior a sua habilidade para expressar o que deseja na música. Quanto menor a técnica, mais limitada será a sua arte.”

A técnica é um aspeto de uma importância vital quando se toca – muitos focam-se apenas na capacidade de tocar. Muitos outros ignoram a parte técnica pensando que apenas os músicos de música clássica, metal ou jazz precisam de desenvolver. Isto é quase um crime.
A técnica refere-se a como controlamos o nosso instrumento. Se você sente-se sobrecarregado pelo ato de tocar o instrumento, nunca estará apto para se focar em realmente fazer música. A técnica pode ser agrupada em várias categorias. Aqui vou apenas mostrar as básicas.
  1. Melodia / Solo.
  2. Harmonia.
  3. Nuances frásicas.
  4. Transições.
Treino de ouvido
A próxima peça do puzzle musical é o treino de ouvido. Se você tem um fraco reconhecimento auditivo e não consegue escutar o que se passa numa música, você está em sarilhos. Como músico, os seus ouvidos são uma das suas ferramentas vitais. Se a técnica é a quantidade de cores para pintar, o treino auditivo são como os seus olhos e a capacidade de ver o mundo. O treino de ouvido é a capacidade de compreender, interpretar e representar a música.
Ter um bom ouvido irá permitir que se expresse através da sua própria música de uma forma mais detalhada, assim como um artista utiliza pincéis de diferentes tamanhos para detalhar a sua pintura. O treino auditivo é essencial para quem quer compor a sua própria música. Um bom ouvido permite-o desfrutar da música de uma forma mais profunda. Esta é uma capacidade que muitos músicos falham em desenvolver, tornando quase impossível atingir a mestria musical.
Génios da música como Mozart, tinham um reconhecimento auditivo simplesmente brutal provavelmente porque ouviam a música de forma ativa, ou seja, tomando máxima atenção a todos os elementos da música. Uma área do treino auditivo que os músicos muitas vezes falham a desenvolver é a capacidade de reconhecer emoção. Se tocar uma nota específica em cima de um acorde, consegue sentir a emoção que está a ser produzida? Consegue sentir a emoção que um acorde está a transmitir? Provavelmente não, se se o fizer, estará apto de representar e criar qualquer emoção que deseje em qualquer circunstancia. O treino auditivo pode ser dividido em várias categorias:
  1. Melodia / Harmonia
    1. Intervalos
    2. Acordes
    3. Escalas
    4. Frases
  2. Ritmo
  3. Reconhecimento de emoção
    1. Notas
    2. Acordes
    3. Escalas
Visualização
Outra capacidade subestimada pelos músicos é a visualização. Muitos instrumentos podem ignorar este ponto porque a visualização aplica-se apenas a instrumentos aptos a criar harmonias como a guitarra, violão, piano, órgão, etc. Mantendo a analogia do músico, a sua visualização poderia ser considerado o tamanho da sua lona. A visualização é a capacidade de saber onde estão as notas, acordes e escalas no seu instrumento.
Sabendo isto você terá a habilidade de representar a mesma ideia de várias formas. Quando mais apto estiver para ver as notas, acordes e escalas pelo seu instrumento mais opções terá para expressar uma ideia em diferentes posições do seu instrumento.
Teoria musical
Visto por alguns como algo restritivo e visto como regras por outros. Vamos ser diretos. A teoria musical é algo que não pode ser negligenciado. A teoria musical é um conjunto de regras? Não. É restritiva? Apenas se a tratar como um conjunto de regras. Você precisa de teoria musical? Não, mas pode ser uma magnifica ferramenta e poupar um enorme tempo de tentativa e erro. A teoria musical foi criada por uma quantidade de pessoas que estudaram Bach, Mozart, Beethoven e outros mestres musicais e notaram os padrões nas suas músicas.
Então saber teoria musical pode ajudá-lo a praticar e a criar o seu próprio estilo encontrando o que gosta e o que não gosta. Se ficar bloqueado enquanto compões uma peça musical, pode utilizar a teoria musical para o ajudar a entender para onde quer ir.
A teoria musical é um conjunto de diretrizes úteis e será muito mais fácil quebrar essas diretrizes se souber o que elas são e quais os seus propósitos. Os princípios da teoria musical são padrão e a maioria das pessoas que a ignora acabam por compor algo que encaixa na teoria de qualquer forma. Então a questão é, porque quereria reinventar a roda? Aprenda teoria para criar o seu próprio estilo. A teoria musical pode ser dividida em:
  1. Estudos Melódicos.
  2. Estudos Harmónicos.
  3. Estudos Rítmicos.
  4. Análise de músicas.
  5. Leitura musical

É difícil para os iniciantes, intermédios e até alguns músicos avançados ver tudo claramente. Se precisa de ajuda específica em alguma destas áreas e não sabe por onde começar, um bom professor pode ajudá-lo com certeza.

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